Crítica de Filme: Katy Perry: Part of Me

Essa semana chegou aos cinemas o documentário em 3D Katy Perry: Part of Me. O projeto foi filmado em segredo usando câmeras em 3D, equanto Kate fez sua turnê mundial no final do ano passado. E agora chega aos cinemas alavancado pelo sucesso do seu álbum Teenage Dream que emplacou cinco singles no topo da parada Hot 100 da Billboard. Algo que só Michael Jackson tinha conseguido anteriormente. Diversos estúdios entraram na disputa pela distribuição, mas a Paramount que já tinha faturado bastante com o lançamento de Justin Bieber: Never Say Never venceu a disputa.

O filme é dirigido pelos novatos Dan Cutforth e Jane Lipsitz que não conseguem fazer um documentário que deve agradar qualquer pessoa além dos fãs da Kate. Em muitos aspectos, achei a produção semelhante com o filme de Justin Bieber. A ordem como é organizada a produção, o uso do 3D nos Shows, depoimentos de pessoas que acompanharam a trajetória da cantora, muita coisa nas duas produção são bem parecidas, mas o filme de Bieber leva uma vantagem em especial pelos arquivos que tem das apresentações do jovem cantor antes de ficar famoso. O material de acervo da produção que conta a história do cantor canadense é bem melhor que o de Kate Perry e isso faz muita diferença.

Ao longo da projeção, o filme se divide entre cenas de arquivos e bastidores da carreira de Kate com algumas passagens de seus shows que geralmente são as cenas que foram filmadas em 3D. Alguns problemas atrapalham  a conectividade dos espectadores com este documentário. A primeira, é a falta de um bom material de acervo. Infelizmente, a Kate tem poucas imagens suas antes da fama e os depoimentos de outros artistas e das pessoas também próximas a ela são muito robóticos e não acrescentam muita coisa para o filme. O resultado é que a produção documental não acrescenta muita coisa quando busca entender a trajetória da cantora, porque passa boa parte do tempo "enrolando" o espectador com as passagens em 3D de seus shows. Os depoimentos das pessoas mais próximas a ela são bem conservadores e curtos.