Crítica do livro: A Poesia Literária de Tim Burton

5 de julho de 2012 8 Comente Aqui!

Crítica do livro: A Poesia Literária de Tim Burton



 Tim Burton e sua insanidade 
 
Tim Burton é um diretor de cinema genial, para quem gosta de seu estilo mórbido, doentio, macabro e insano. Mas, como descobrir se o parceiro de Johnny Depp apresentaria o mesmo talento para escrever contos infantis? Só lendo. Eu não li: DEVOREI.
Não tive desconfiança: acendi uma vela, apaguei a luz do quarto, acendi um incenso, fumei um Narguile, de chocolate, e abri a mente para a leitura. Ao final, em pouco mais de 50 minutos descobri que tinha lido um livro infantil que é imprescindível para adultos, como eu, que não querem crescer totalmente.
O site http://palavrasonhada.blogspot.com.br comentou que o livro era “Irônico, bizarro e genial”. Reafirmo todos os adjetivos e ainda concordo quando o mesmo site diz que é uma obra que ficará na memória por muito tempo.


Das incríveis animações em stop motion - como “O estranho mundo de Jack” e “A noiva cadáver” - aos modernos e excêntricos contos de fada “Edward Mãos de Tesoura” e “Peixe grande”, o cineasta Tim Burton tornou-se conhecido por sua linguagem visual única, que equilibra perspicácia e humor ácido. Neste livro, em que as ilustrações evocam a doçura e a tragédia da vida, Burton apresenta uma galeria de personagens infantis muito peculiares. Incompreendidos de desajustados, eles lutam para encontrar amor e aceitação em um mundo cruel. São desesperançados e infelizes heróis que nos lembram do lado maldoso que há em todos nós.
Miscigenado de personalidades raras e com tramas ricas em loucura e insanidade, além de um humor ácido e macabro, a obra conquista o leitor da primeira a última página. Senti-me angustiado, quase como um vampiro sedento por sangue, para chegar à derradeira palavra escrita por Tim Burton.
Mais do que uma obra imperdível ou imprescindível “O triste fim do pequeno Menino Ostra” é uma exposição de como a arte literária pode nos apresentar um mundo incomum, ilusionista, alucinante e apaixonante.
Termino meu texto com a visão de um poeta, sobre a Liberdade. Afinal, se o cineasta teve a liberdade, e “atrevimento” de ser corajoso de entrar no mundo literário. Pergunto: Será que somos livres?
Liberdade


O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto


Carlos Drummond de Andrade
Dedicado à amiga Lari Forster, poeta, apesar de não acreditar mais em príncipes. Seu site http://dascapivaraseoutrascoisas.blogspot.com.br/, é imperdível com diálogos insanos, alucinados e, ao mesmo tempo, reais. 
 

8 Comente Aqui! :

  • Anônimo disse...

    Rosa Feriani - Parabens!!! Continue assim. Pense que o cientista levou 50 anos para comprovar A particula de Deus. Conseguira tbm mostrar seu trabalho e conhecimentos. Estamos juntos!!!

  • Anônimo disse...

    Via facebook - Tarine Castro Ótimo texto, como todos os outros =) .. até eu fiquei com vonta de de ler esse livro!

  • Renata disse...

    Olá Renato...adorei a crítica e fiquei animada em ler este livro tb...na verdade mais um, né??!!
    Gostei tb da sugestão do Nelson...
    Parabéns...beijosss

  • Unknown disse...

    Demais mesmo! Ele tem uma visão tão particular, tão obscuramente linda, que transcende.. Encanta mesmo!
    Já conhecia algumas das poesias dele, mas, não li este livro... Ainda!


    Adorei a indicação!


    ;D

 
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