CRÍTICA DO LIVRO: MALDITO - JOSÉ MORICA MARINS

8 de junho de 2012 5 Comente Aqui!

terror no cinema nacional é sinônimo de Zé do caixão

Para falarmos de terror no cinema tupiniquim, obrigatoriamente, somos obrigados a passar pelo nome de Zé do Caixão. Gostemos ou não, José Mojica Marins é um dos únicos, senão for o único, cineasta a produzir filmes de horror no país. Eu particularmente adoro suas maluquices tentadoras.Ao ler - “Maldito” - e descobrir os detalhes para a construção de suas obras, fiquei ainda mais fã de José Mojica Marins, que tive o prazer de conhecer pessoalmente no Bar Brahma anos atrás.

As obras de Zé do Caixão são “grosseiras”, com muita improvisação e ausência, quase que total, de recursos técnicos. Porém, isso não o impediu de fazer mais de 30 filmes, entre aventura, comédia, pornochanchada e claro, o seu principal gênero, o terror. Alinhado a uma criatividade de gênio, dentro de seu estilo, Zé do Caixão é um símbolo do que podemos chamar de amor à arte.

No livro - “Maldito”- descobrimos, detalhadamente, sua paixão por teatro e cinema, desde a juventude. Somos apresentados desde seus trabalhos em produções amadoras, passando por obras realizadas ainda em 16 mm. São citadas também produções inacabadas até o seu “sucesso” com os pequenos clássicos do cinema nacional. Uma aula de história, de vida e de sétima arte. Descubram porque alguém que é tão cultuado pelos fãs do cinema trash americano consegue ter pouco direito legais sobre suas próprias obras.

A escolha dos nomes dos títulos merecia um livro à parte, afinal, são nomes únicos, especiais e maquiavélicos. Como dizer que - “A Meia-Noite Levarei Tua Alma” - ou - “Essa Noite Encarnarei no Teu Cadáver” - não são ótimos nomes para longas-metragens sobrenaturais?
Palmas macabras, pragas e muitas maldições para a vida de José Mojica Marins, ou melhor, do nosso e universal Zé do Caixão.

Dedicado ao amigo de infância, fã de terror, Ademir Pascale – autor dos romances: O Desejo de Lilith e Encruzilhada.


5 Comente Aqui! :

  • Renata disse...

    Olá Renato!!!! Confesso que desta vez, o tema não me impressiou ou me instigou a querer mergulhar em suas páginas. Fiquei muito mais empolgada com sua emoção e admiração, do que propriamente pelo tema...Zé do Caixão.
    Mas tentarei, assim que possível, fazer esta leitura e quem sabe mudarei de ideia!!
    Parabéns pela emoção e amor que descreve em suas críticas...sou sua fã de carteirinha.(além de irmã, rsrs) Beijosss

  • Milena Cherubim disse...

    ADORO Zé do Caixão. Eu o conheci aos 13 anos quando entregava panfleto na rua. Por incrível que pareça a filha dele era uma das minhas companheiras de fim de semana, o cara é um doido, muito gente boa. Agora depois de mais velha, conheci as obras dele e a Liz Vampy e cara, posso dizer que o Zé continua o mesmo doido de anos atrás. Uma pessoa super simples com ideias macabras na cabeça. Em uma palestra no Centro Cultural Vergueiro junto com André Vianco, devo confessar que chorei em ver o Zé. Uma coisa de louco! Nunca li nada, só os filmes mesmo rsrs =)

 
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