Crítica do Filme: Mama África

16 de junho de 2012 0 Comente Aqui!

Nessa semana fui assistir a abertura do In-Edit 2012, edição Salvador. Aproveitei o tempo que passei lá e além de assistir o filme que abria o evento pude bater um papo rápido com o produtor local do evento Alessandro Vital (que vai virar um texto para o blog) e com o diretor do filme que abriu o festival o finlandês Mika Kaurismäki (entrevista que também vai virar um texto para o blog em breve). Aqueles que já acompanham o blog há mais tempo sabem que ano passado também participei da abertura do evento e entrevistei Alessandro (leia a entrevista) e Henrique Dantas (leia a entrevista) diretor do filme do documentário "Filhos de João – O Admirável Mundo Novo Baiano"(leia a crítica).

O Mika Kaurismäki que dirige essa produção é intimamente ligado ao Brasil, ele já mora no país há mais de 20 anos e inclusive é casado com uma baiana. Ele anteriormente morou no Rio de Janeiro e se mudou para Salvador há pouco mais de 6 anos. Curioso também é a relação que o Mika tem com a música brasileira, ele já fez dois documentários que retratam o cenário musical brasileiro. Em Moro no Brasil produzido em 2002 ele lançou um olhar interessante sobre a diversidade musical brasileira que tem forte influência com a cultura africana. Já em Brasileirinho, filme produzido em 2007 ele foca mais no chorinho e nas origens desse ritimo bem peculiar. De uma certa forma não chega a surpreender ele agora produzir um documentário sobre a lendária Miriam Makeba - a Mãe da África.

O documentário Mama África conta a vida da cantora africana Miriam Makeba, mundialmente famosa por ser uma lutadora incansável contra o apartheid e embaixadora da boa vontade. O filme é um produção bem interessante por tratar da vida de uma personalidade não muito conhecida pela maiora das pessoas mas que foi extremamente importante na luta pelos direitos humanos na África do Sul e em divulgar a cultura africana pelo mundo. Mesmo exilada (na verdade ele foi banida) ainda jovem de seu país Miriam foi uma voz ativa pela luta por igualdade e justiça travada pelos negros em seu país. O filme mostra a sua trajetória desde a sua juventude, o seu períudo como exilada e a influência que esta teve na luta pelos direitos humanos nas nações africanas.

O filme conta com um acervo bem interessante e também foi bem montado seguindo uma trajetória linear ao contar a vida de Makeba. O acervo que compõe o documentário também ajuda bastante a tornar a trajetória do espectador prazerosa; nesse sentido o filme alterna muito bem passagens da vida de Miriam, com alguns shows que ele fez ao longo de sua carreir e, com os depoimentos de amigos e parentes. Ao final da sessão será bem difícil alguém não se concetar ou se emocionar com a história de vida dessa cantora que se tornou um síbolo de resistência e de um sonho que não se realizou por completo.    



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