CRÍTICA DO LIVRO: A REBELIÃO DE LÚCIFER

Coração satânico ou advogado do diabo?

Tenho uma queda absurda por produções cinematográficas que toquem na polêmica história de Mefistófeles. Do perfeito “Coração Satânico”, estrelado por Robert de Niro;ao belo, e polêmico “Advogado do Diabo”, com Al Pacino, passando pelo magistral “O Bebê de Rosemary”, de Roman Polanski, entre tantos outros.

Em termos de literatura adoro esse estilo sobrenatural. Porém, são raras as vezes que algo me prende a atenção de forma verdadeira, deixando-me quase insano na busca pela leitura. Lembro que adorei o livro, (devorei em menos de cinco dias)“Rebelião de Lúcifer”, de J. J Benitez assim que li a primeira vez, cerca de quinze anos atrás. Esse tema, tão religioso e profano, tende a chamar a atenção do público logo de cara, pelo título.

Quando consumi, do mesmo autor, o livro “Operação Cavalo de Tróia”(que narra à história de Jesus Cristo), percebi que seu estilo de narrativa era o que eu estava procurando - pena que anos depois descobri que ele se perdeu ao longo do caminho e hoje faz bobagens sem valor algum, em minha opinião.

A visita do autor à vida de Jesus Cristo é impagável e emocionante, pelo menos o primeiro livro da série eu acredito que seja uma pequena joia. Quando finalizei a leitura da Vida de Jesus decidi que precisava ler outro livro do autor e acreditei que a melhor opção seria o outro lado da história. Afinal, descobri na vida que se existe o Bem é porque o Mal também está entre nós.

Assim descobri “Rebelião de Lúcifer”. Um livro tenso, pesado, com narrativa ousada e porque não, corajosa para o mundo cristão em que vivemos. Uma mistura de fábula, viagem maluca e poesia literária. Não acredito que a obra seja tão perfeita quanto “Operação Cavalo de Tróia”, entretanto, entendo que seu protagonista mereça um acompanhamento mais próximo por parte do leitor. Ao reler o volume em abril descobri que a força de Belzebu ainda é forte como soldados em um Cavalo em Tróia.

Mas, o leitor precisa vir preparado para a obra. Afinal, não é fácil ou simples tentar descobrir quem foi o Anjo Caído. Tentar desvendar sua biografia, mesmo que no campo da ficção, pode deixar marcas em qualquer um de nós.

Fato real: Um amigo religioso (MWF) ao sair de casa, com o livro emprestado, e bater o carro na rua de cima, deu meia volta e devolveu o exemplar achando que era um sinal de que não deveria ler a obra.

                                                                                     

Dedico esse texto à amiga Milena Cherubimem do site:

http://memoriesoftheangel.blogspot.com.br/.