Rachel, Stephan
e David são três agentes da Mossad isralense que são enviados para a
Alemanha Oriental em 1965, em plena Guerra fria. O trio tem a missão de
seqüestrar o médico criminoso nazista conhecido como Dieter Vogel (Jesper
Christensen) ou mais famoso pela alcunha de o “Cirurgião de Birkenau”.
Dieter recebeu esse apelido pelos inúmeros experimentos tenebrosos que fez com
o povo Judeu durante a guerra. Claro que a dita missão não sai como o esperado
e os envolvidos se vêem presos a um segredo que os atormentará pelo resto da
vida.
Dessa premissa que
a obra do experiente diretor John Madden, de filmes como Shakespeare
Apaixonado e O Capitão Corelli, toma partido. Madden começa a
desfiar a misteriosa conspiração que envolve os três agentes, alternando os
acontecimentos do passado, mostrando o cativeiro em que mantiveram Vogel, aonde
Rachel, Stephan e David são representados respectivamente por Jéssica
Chastain, Marton Csókas e Sam Worthington e
o presente que se situa no ano de 1997 aonde são encarnados também
respectivamente por Hellen Mirren, Tom Wilkinson e Ciarán
Hinds.
O diretor dirige esse
roteiro escrito por Matthew Vaugh, de Kick Ass, e consegue criar
certo interesse do espectador com seu filme, principalmente nas cenas passadas
em 1965, em que Jéssica Chastain amostra porque vem sendo aclamada como
uma das melhores atrizes da atualidade. A moça cria uma Rachel tão forte que a
concepção da oscarizada Mirren para o mesmo personagem chega quase a não
convencer, mas essa não é a principal imperfeição de No Limite da Mentira.
O filme tem problemas de ritmo que incomodam, principalmente quando a historia
surge em 1997. Tanto que essa vertente da trama parece diminuída, talvez tenha
tido cortes na edição final, porque faz o filme parecer pouco empolgante,
principalmente quando as seqüências que são para gerar clímax inexplicavelmente
são entrecortadas por outros flashbacks soltos que parecem sem sentido
para a narrativa, fazendo ainda parecer um bocado de enrolação ou mesmo algum
tipo de capricho do diretor.
Pelo conjunto
final, No Limite da Mentira não chega a ser decepcionante ou
ruim, fica mais perto de um razoável ou até bom, mas com gosto de que poderia
ser bem melhor, até pelos nomes talentosos envolvidos. Madden apesar de
mais experiência com obras dramáticas comete boas seqüências de ação e tensão,
algumas outras emotivas com certa propriedade, reafirmando principalmente
quando Chastain surge em cena nessa obra que em certos momentos também
elucida uma possível direção de atores frouxa. Pode-se dizer que talvez tenha
faltado engendrar melhor as linhas temporais, o que afasta ou pode fazer o
espectador ver a realização com certo distanciamento e que inevitavelmente faz
desse filme algo que provavelmente logo será esquecido.
0 Comente Aqui! :
Postar um comentário