Crítica: No Limite da Mentira (the Debt)

4 de abril de 2012 0 Comente Aqui!

Rachel, Stephan e David são três agentes da Mossad isralense que são enviados para a Alemanha Oriental em 1965, em plena Guerra fria. O trio tem a missão de seqüestrar o médico criminoso nazista conhecido como Dieter Vogel (Jesper Christensen) ou mais famoso pela alcunha de o “Cirurgião de Birkenau”. Dieter recebeu esse apelido pelos inúmeros experimentos tenebrosos que fez com o povo Judeu durante a guerra. Claro que a dita missão não sai como o esperado e os envolvidos se vêem presos a um segredo que os atormentará pelo resto da vida.

Dessa premissa que a obra do experiente diretor John Madden, de filmes como Shakespeare Apaixonado e O Capitão Corelli, toma partido. Madden começa a desfiar a misteriosa conspiração que envolve os três agentes, alternando os acontecimentos do passado, mostrando o cativeiro em que mantiveram Vogel, aonde Rachel, Stephan e David são representados respectivamente por Jéssica Chastain, Marton Csókas e Sam Worthington e o presente que se situa no ano de 1997 aonde são encarnados também respectivamente por Hellen Mirren, Tom Wilkinson e Ciarán Hinds.

O diretor dirige esse roteiro escrito por Matthew Vaugh, de Kick Ass, e consegue criar certo interesse do espectador com seu filme, principalmente nas cenas passadas em 1965, em que Jéssica Chastain amostra porque vem sendo aclamada como uma das melhores atrizes da atualidade. A moça cria uma Rachel tão forte que a concepção da oscarizada Mirren para o mesmo personagem chega quase a não convencer, mas essa não é a principal imperfeição de No Limite da Mentira. O filme tem problemas de ritmo que incomodam, principalmente quando a historia surge em 1997. Tanto que essa vertente da trama parece diminuída, talvez tenha tido cortes na edição final, porque faz o filme parecer pouco empolgante, principalmente quando as seqüências que são para gerar clímax inexplicavelmente são entrecortadas por outros flashbacks soltos que parecem sem sentido para a narrativa, fazendo ainda parecer um bocado de enrolação ou mesmo algum tipo de capricho do diretor.

Pelo conjunto final, No Limite da Mentira não chega a ser decepcionante ou ruim, fica mais perto de um razoável ou até bom, mas com gosto de que poderia ser bem melhor, até pelos nomes talentosos envolvidos. Madden apesar de mais experiência com obras dramáticas comete boas seqüências de ação e tensão, algumas outras emotivas com certa propriedade, reafirmando principalmente quando Chastain surge em cena nessa obra que em certos momentos também elucida uma possível direção de atores frouxa. Pode-se dizer que talvez tenha faltado engendrar melhor as linhas temporais, o que afasta ou pode fazer o espectador ver a realização com certo distanciamento e que inevitavelmente faz desse filme algo que provavelmente logo será esquecido.


 

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