Crítica: Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror)

9 de abril de 2012 2 Comente Aqui!

No ano passado tivemos a oportunidade de ver uma nova versão dos clássicos da Disney. A Garota de Capa Vermelha e A Fera foram, respectivamente, adaptações mais sombrias e contemporâneas de Chapeuzinho Vermelho e A Bela e a Fera. Neste ano, teremos duas adaptações da história de a Branca de Neve e a primeira delas já pode ser vista nas grandes salas de cinema. Essa primeira versão, Espelho, Espelho Meu, tenta ir mais para o lado cômico, como se fosse uma paródia e Branca de Neve e o Caçador  vai partir para a apresentação de mais ação.

Somos apresentados então a uma trama que apresenta uma princesa aprisionada por sua madrasta, que assumiu o trono após ter se casado com o antigo rei, desaparecido. Depois de ter sido condenada a morte e ter conseguido escapar, Branca de Neve vai para a floresta escura e temida por todos os habitantes da região. Lá ela conhece sete ladrões, ou se preferirem, sete anões, bem diferentes do clássico. Convivendo com os pequenos, aos poucos ela vai ganhando a confiança de todos e se tornando líder de um grupo, que no mínimo foi baseado nas histórias de Robin Hood. Além disso, há o príncipe encantando que desperta a atenção da rainha malvada e da bela princesa.

Logo de começo da para perceber que o filme não se leva muito a sério e todos os acontecimentos terminam com um tom de ironia ou alguma piadinha manipulada. A extravagância fica até mesmo como marca registrada da produção, que empobrece sua fotografia para deixar ressaltar um figurino, no mínimo, inusitado. Os anões são ladrões de extrema qualidade e usam pernas de pau para assustar seus oponentes e tudo isso é feito para criar uma atmosfera de palhaçada. Não posso negar que dei algumas risadas, mas não consigo achar que o filme supere o mediano. Achei que seria horrível, mas terminei considerando como mediano.

No âmbito das interpretações destaco, mais uma vez, Armie Hammer (J. Edgard, A Rede Social), que mesmo exagerando algumas vezes, consegue entregar uma atuação bem divertida e se fazer de bobo e galanteador ao mesmo tempo. Lily Collins, filha de Phil Collins, não pode ser considerada a mulher mais linda do mundo, mas até que não faz mal ao entregar um papel meloso como se deve e chatinho na medida certa. Julia Roberts faz um trabalho muito interessante e muito melhor do que o seus últimos em Comer Rezar e Amar e Larry Crowne. Deixar de ser a boazinha da trama já foi um belo passo para mudar um pouco as feições e fazer algo diferente. Ponto para ela, que mesmo não sendo minha favorita, entregou uma bela atuação.

Em resumo, este é um filme com muitos problemas, mas com alguns acertos. A trama se desenvolve de forma muito irregular e quando parece que vai ganhar ritmo fica lenta. Outra prova dessa afirmação é o começo do filme, bem empolgante, com uma bela animação e uma construção de personagens bem arrastada. A ironia rola solta e arranca alguns risos, mas no fim temos mesmo um trabalho mediano. Se não fossem os anões seria uma catástrofe, mas os acontecidos ao redor deles nos proporciona os melhores momentos. Um final ao estilo de Bollywood lhes aguarda.


Trailer:
 



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