Crítica: Motoqueiro Fantasma 2: O Espírito da Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance)

Quando eu soube que ia acontecer um novo filme do Motoqueiro Fantasma a primeira coisa que me veio a cabeça foi: "Bem, o anterior foi muito ruim. Fazer um filme melhor não vai ser muito difícil." Infelizmente de nada adiantou os meus "pensamentos positivos", a produção ficou devendo e muito aos grandes filmes de super-heróis que aprendemos a apreciar nos últimos anos. Como sempre os produtores continuam com a sua terrível mania de achar que um filme fraco feito em 3D vai render dinheiro o suficiente para ajuda-los a pagar as contas no final do mês, esquecendo de tentar agradar ao público.

Quem dirige é a dupla Mark Neveldine e Brian Taylor, eles anteriormente comandaram e roterizaram os filmes Adrenalina, Adrenalina 2 e Gamer. Em comum todos são filmes de ação com premissas interessantes mas a diferença é que em Motoqueiro Fantasma 2 eles apenas dirigem. Aliás o roteiro dessa "sequência" é muito fraco, provavelmente matando qualquer chance de uma terceira produção deste herói para o cinema.

No filme Nicolas Cage está de volta no papel de Johnny Blaze, o homem que fez um pacto com um demônio e se transforma no espírito de vingança conhecido como o Motoqueiro Fantasma. Depois de se esconder na Europa a procura de alguma "cura" para a sua maldição Blaze é recrutado por uma seita secreta da igreja para salvar um garoto (Fergus Riordan) do demônio (Ciaran Hinds). Johnny tenta recusar o chamado, mas essa pode ser sua grande chance de se livrar de seu tormento e sua possível redenção.

Além de Cage os nomes conhecidos dessa produção são Idris Elba (Thor, Ladrões) um bom ator britânico em ascensão e Christopher Lambert um ator que assim como o protagonista esta em decadência. Além deles a produção ainda conta com a presença de Ciarán Hinds (A Mulher de Preto, O Espião Que Sabia Demais, O Ritual), um ator habituado a fazer vilões ou coadjuvantes de origem russa apesar dele ser britânico. Como da para perceber o elenco é muito fraco, isso em uma produção com um roteiro desconexo e vazio não ajuda a melhorar o resultado final deste projeto; pelo contrário só confirma o desastre que se vê nas telas.

O grande ponto negativo desta "continuação" é o roteiro mesmo, repleto de furos e com protagonistas vazios, mal apresentados e nada cativantes. Isso faz com que a história totalmente previsível e cheia de exageros se torne ainda mais chata e sem sentido. Um grande erro também é falta de ligação entre o 1° longa do Motoqueiro Fantasma com esse, eu fui reassistir o filme anterior e tem alguns detalhes desconexos entre os dois projetos. A origem e os poderes do motoqueiro são diferentes, assim como o nome de alguns personagens ligados a sua história mas principalmente a sua relação com os seus poderes muda bastante - tornando esse um herói com motivações bem diferentes quando comparamos as duas produções.

Motoqueiro Fantasma 2: O Espírito da Vingança é mais um dos filmes de herói que não foi levado a sério devidamente pelo estúdio e quem sofre com isso além da franquia somos nós espectadores que passamos por um longo sofrimento até terminar a sessão. Nicolas Cage (O Aprendiz de Feiticeiro, Caça as Bruxas, Reféns) começa esse ano com terminou os últimos 5 de sua carreira, fazendo produções de qualidade duvidosa e afundando cada vez mais o  seu nome além de manchar a sua reputação que esta cada vez pior. Façam um favor ao bolso de vocês e passam longe do cinema e desta produção, especialmente da verssão em 3D que é mais cara e não vale o investimento. Caso alguém resolva arriscar, desejo-lhe boa sorte.

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