Crítica: Viagem 2 - A Ilha Misteriosa (Journey 2: The Mysterious Island)
Nessa semana chega aos cinemas a produção Viagem 2 - A Ilha Misteriosa que teoricamente seria a seqüência de Viagem ao Centro da Terra, mas de comum com a produção anterior tem apenas o estúdio que bancou o projeto e o bom uso da tecnologia 3D. Antes de assistir a este filme fiquei apreensivo com o resultado imaginando que essa "seqüência*" iria apenas focar no uso do 3D e deixar roteiro, atuações e principalmente a diversão de lado. Infelizmente o meu palpite estava certo e desde o seu início da para perceber que a história além de não ter pé nem cabeça é mais vazia do que o cérebro do ex-BBB Kleber Bam Bam.
Coube ao jovem diretor Brad Peyton comandar essa produção, ele tem na bagagem alguns curtas, um seriado que deu errado e a direção do filme Como Cães e Gatos 2 – A Vingança de Kitty Galore (o que também não ajuda muito o seu currículo). Mesmo com o seu fracasso anterior também em 3D a Warner (New Line) acreditou que dessa vez a coisa poderia ser melhor e apostou em seu nome para comandar o filme. Infelizmente Peyton não consegue tirar uma atuação minimante decente de seu elenco, pelo menos nada que convença alguém acima dos 12 anos. Com isso, os papais, titios e quem mais se dispuser a acompanhar crianças para assistir ao filme que se preparem, o sofrimento vai ser grande.
O sr. Dwayne Johnson (Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio, Os Outros Caras) foi macho não só para atuar mas para produzir o filme também. Além dele quem também da o ar de sua graça é o veterano e talentoso Michael Caine (A Origem, Batman - O Cavaleiro das Trevas). O jovem Josh Hutcherson (Minhas Mães e Meu Pai) faz par romântico com a Vanessa Hudgens (A Fera, Sucker Punch - Mundo Surreal). E por último o elo cômico vivido por Luis Guzmán (Ele Não Está Tão a Fim de Você, Surpresa em Dobro) que não tem timing nenhum para fazer a platéia rir - um eterno coadjuvante que do nada ganha um papel maior do que o seu "talento".
Se a produção é muito exagerada, caricata e forçada ao menos os efeitos especiais são muito bem feitos. Parece que todo o cuidado que o estúdio não deu ao roteiro foi destinado ao visual desta produção. A tecnologia em 3D também é muito bem utilizada, alias eu diria que é uma das poucas coisas boas do filme. Sei que estou fazendo uma crítica para um filme infantil e talvez as crianças menores não se importem (provavelmente elas não vão se importar mesmo). Mas pensem, você que vai se "sacrificar" para levar o seu pimpolho pode agora optar por assistir alguma outra coisa. Sua mente com certeza vai agradecer, se ainda assim você for se aventurar assistindo a este filme desejo-lhe boa sorte.
* O 1° filme era centrado no tio de Sean que nessa nova produção parece que nunca existiu. Para dar "sentido" a história surge um avó aventureiro que parece estar na nova ilha e um padastro brutamontes disposto a provar que a ilha não passa de um conto de fadas. São essas e outras incoerências (as pessoas fazem cálculos e estimativas instantâneas, aprendem a pilotar submarinos e abelhas voadoras sem precisar de treinamento) que me fizeram desgostar e muito dessa seqüência
Trailer:
Texto de
Silvano Vianna
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Este filme chegou por aqui, com certeza não irei assisti, pois não faz o meu gênero. Sem falar que é 3D. Mas quem sabe a garotada goste.
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algunsfilmes.blogspot.com
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