Crítica: A Mulher de Preto (The Woman In Black)

25 de fevereiro de 2012 3 Comente Aqui!


Não sou um grande fã de terror e confesso que não costumo assistir o gênero, principalmente quando estamos falando de espíritos ou coisas do tipo, mas mesmo assim às vezes me arrisco e fico alguns dias sofrendo com minha imaginação fértil. A chance de ver Daniel Radcliffe atuando em uma produção diferente de Harry Potter me motivou a garantir algumas noites mau dormidas, o que de fato não quer dizer que o filme seja assustador, pois sou eu que sou frouxo sobre o assunto mesmo.

Seu novo trabalho é um filme de terror baseado no romance homônimo de Susan Hill. A história está centrada em um advogado, de nome Arthur Kipps, que perdeu sua esposa durante o parto de seu filho e que passando por um aperto financeiro se vê forçado por sua empresa a viajar por alguns dias para se dedicar a organizar a papelada da venda de uma casa em um pequeno vilarejo. Para ele, este era apenas mais um trabalho comum, mas o falecimento dos proprietários da mansão garantem a ela o total abandono e crenças que o a população costumam contar. Segundo eles, há um mistério ao redor da casa, que termina assassinando crianças sem grande explicação. Sam Daily, um morador da região, decide acolher o jovem e tentar ajudá-lo em sua missão.

Mesmo não sendo um espectador nato do gênero, posso dizer tranquilamente que este é um filme que se apoia em praticamente todos os clichês possíveis. A história é deixada para segundo plano e o que rege seu desenvolvimento são os sustos, que com o passar do tempo vão se tornando previsíveis, mas que quase sempre tomamos. Outras coisas são nítidas em quase toda produção: Mensagens em vermelho por detrás dos papéis de parede, ninho de corvos e um cemitério no jardim. A direção de arte talvez seja a única coisa a se destacar, pois trabalha bem o tom sombrio, cores escuras e cenários fantasmagóricos. A trilha sonora só serve para baixar o volume na hora de um grito ou algum som brusco que irá fazer a gente dar aquela tremidinha não prevista, mas não se destaca nem um pouco.

Daniel Radcliffe não muda de expressão um segundo sequer e continua entregando um atuação mais esforçada do que qualificada. Ele realmente tenta mostrar que é um bom ator, mas ao menos para mim, não dá para engolir muito seu semblante. Ele melhorou muito desde a primeira vez que atuou, mas ainda precisa ser mais presente e transmitir mais confiança. A única coisa realmente boa a se dizer sobre ele é o fato dele ter conseguido que não fizéssemos comparações com seu personagem mais marcante. Talvez por isso mesmo que ele tenha partido para um gênero bem diferente do que estávamos acostumados a lhe ver. ... - A cena do machadinho heroico foi pífia -....desculpe-me mas tinha que falar.

Não conheço a história original, mas na velha pesquisa que fazemos antes de escrever um texto, soube que modificaram o final. Não sei detalhes, mas posso dizer que este aqui termina em mais um clichê do gênero "aquilo que foi, mas não é e não foi". É uma produção que vai dar sustos, causar medo e deixar encucado pessoas medrosas, como eu, mas que para quem gosta de um bom terror vai ser um completo caos. Pensando com o senso comum classificaria a obra como um mero mediano.


Trailer do Filme:

3 Comente Aqui! :

  • Anônimo disse...

    O Filme começa bem, evidencia uma interessante história, entretanto, perde-se, deixa o enredo de lado e começa a aposta no clichê e na fama do ator, que por sinal, é péssimo, mesmo em um filme de terror, consegue ter a mesma cara de bobo alegre daqueles filminhos de bruxaria infantil (Não me interpretem mal, sou indignado com os filmes do Harry Potter, vez que esperava muito do mesmo, observando os altos investimento e a continuação. Mesmo tendo por base a fantasia, imaginei que haveria evolução, partindo para um protagonista mais sagaz, altas batalhas etc! Contudo, a obra, limitou-se a fantasia infantil, o bruxinho não evoluiu e continuou sendo o "bocosão" de outrora). O final, por respeito, não vou detalhar, mas, só corrobora a perda da linha de raciocínio traçada no preâmbulo do filme! É o típico filme que nos deixa tremendamente frustrados, não porque é o pior de todos os tempos, lado outro, por verificarmos que o alto investimento em algo que poderia ser muito bom vai para o ralo rapidamente quando se começa a apostar nos Clichês !!!! Destarte, aqueles que são apavorados e sentem medo até da sombra levarão alguns sustos no decorrer da trama, já os “homens médios”, darão risadas de mais uma história infantil e sem criatividade!!!

 
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