Crítica do Filme: Reis e Ratos (Reis e Ratos, Brasil)

20 de fevereiro de 2012 9 Comente Aqui!

Essa semana fui conferir a estréia do filme Reis e Ratos, mais uma produção nacional que entra em cartaz nos nossos cinemas. Assim como 2 Coelhos esse é mais um filme que bebe das influências hollywoodianas, especialmente da veia pop-trash de diretores como Tarantino e Robert Rodirguez. O filme foi dirigido pelo versátil Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny) que fez um filme muito peculiar. Ao longo da projeção Reis e Ratos vai fazendo piada dos filmes de ação mais antigos enquanto desenvole uma história um pouco confusa. O uso de ironias além das piadas sobre os americanos, cinema e política são os pontos altos do longa.

A história se passa no Rio de Janeiro em 1963. O clima de conspiração (pré-golpe militar) afeta uma série de personagens que estão relacionados de alguma forma (algumas vezes não tão claras). Dentro de um cenário político conturbado mocinhos e bandidos muitas vezes se confundem ou não ficam claros. Troy (Selton Mello) é agente da CIA que vive no Brasil e passa a duvidar de sua fidelidade com sua terra natal. Com a ajuda de seu comparsa brasileiro, o Major Esdras (Otávio Müller), ele planeja uma armadilha para o presidente que pode atrapalhar os planos do Golpe Militar.

O elenco liderado pelo talentoso Selton Melo (O Palhaço, Jean Charles, A Mulher Invisível, O Cheiro do Ralo) conta também com a presença de Rodrigo Santoro (Rio, O Golpista do Ano, 300) fazendo uma breve participação. Os outros nomes mais conhecidos pelo público são Cauã Reymond (Meu País, Se Nada Mais Der Certo), Seu Jorge (Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro); além das belas Rafaela Mandelli e Paula Burlamaqui.

A presença de algumas cenas em preto e branco da ao longa uma atmosfera noir prestando uma homenagem aos filmes policiais de décadas passada. A intenção era desenvolver a narrativa também com a ajuda de flashbacks, mas isso termina confundindo o espectador em alguns momentos. Ao tentar mostrar a perspectiva de todos os envolvidos na trama o roteiro termina se perdendo ao acrescentar personagens que são mal aproveitados. Não são todas as tramas que conseguem conectar vários personagens com motivações tão dinstintas e isso terminou prejudicando o entendimento do espectador desta história. Talvez se tivesse focado em um núcleo menor ou mais nos díalogos o resultado fosse mais agradável. Reis e Ratos é um filme razóvel que termina pecando por querer ser mais ambicioso do que deveria.


Trailer:

9 Comente Aqui! :

  • J. BRUNO disse...

    Uma pena é ver novamente alguns clichê temáticos do cinema brasileiro, como ditadura militar e piadas irônicas... contudo quero vez e sua avaliação positiva ajudou a atiçar minha curiosidade!

    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/

  • Anônimo disse...

    Filme brasileiro pra mim é tudo uma porcaria, atores de segunda (novelas da Globo) com banalidades como sempre, nunca mudam o rótulo, dos da chanchada, Gláuber Rocha, pornochanchada, Xuxa, Trapalhões até os contemporâneos da Globo ou não, é tudo um besteirol de terceiro mundo!!!

  • Cíntia disse...

    Acho que eu e um amigo que assistimos o filme, somos as únicas pesssoas no mundo que gostaram desse filme. Haha. Achei muito criativo e realmente me diverti. Não é para levar a sério, já que é uma sátira, mas cumpriu o seu papel, me divertou, com as falas "dubladas", as referências a filmes antigos, as piadas, os norte-americanos, locução/narração de rádio e etc. Gostei mesmo. Cumpriu seu papel para mim, mas realmente acho que isso não vai acontecer com todos, já que tem que ter uma noção de onde estão tirando as sacadas, não levar tão a sério, e se divertir, assim esse efeito deve atingir bem poucos, talvez só eu e meu amigo, hahaha. Depois de tanta opinião negativa, to achando que não sou normal. hahaha

  • Silvano Vianna disse...

    Que nada Cíntia, filme é questão de gosto assim como música. Achei que o filme poderia ser melhor principalmente o enredo...tem algumas piadas e algumas sacadas interessantes sim. Apareça sempre que puder por aqui.
    Abraços!

  • Anônimo disse...

    Assisti ao filme há dois dias. A meu ver, hilário. Acredito que o diretor foi feliz e conseguiu construir o filme que gostaria. Não era para ser um super produção, e sim um filme agradável. Acredito que para muitas pessoas o filme possa ter parecido confuso, e com linguajar um tanto quanto complicado. Entretanto, para mim, o filme se mostrou muito suave, agradabilíssimo.

 
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