Crítica do Filme: Hell and Back Again

21 de fevereiro de 2012 0 Comente Aqui!

O que significa conduzir os homens na guerra? O que significa voltar para casa? Hell and Back Again é um filme que busca responder a estas perguntas e também entender um pouco mais sobre o conflito no Afeganistão. O filme também é um dos indicados na categoria melhor documentário no Oscar desse ano. Quem acompanha o blog mais de perto sabe que eu já analisei anteriormente os filmes Paradise Lost 3: Purgatory e Pina; já quem é marinheiro de 1ª viagem por aqui pode acessar os links acima e conferir os outros textos.

Assim como Restrepo no ano passado Hell and Back Again é mais uma produção que aborda a guerra no Afeganistão. A grande diferença é que Restrepo focava mais na chegada dos soldados, como eles adaptavam a sua vida ao convívio em grupo com a população local e aos combates. Já Hell And Back Again foca nas diferenças entre a vida no front e sua readaptação na volta para a casa.

O filme é dirigido pelo ainda desconhecido Danfung Dennis que também trabalhou como produtor neste seu 1° projeto para o cinema. Danfung tem alguma experiência adquirida filmando a série documental Frontline, que foi produzida para a TV. Ele afirmou que sempre quis trabalhar filmando as zonas de conflito, cobrindo as guerras e mostrando o que se passa por lá. Mas ele disse que só depois de voltar para casa ele percebeu que a guerra não é simplesmente sobre o que acontece no campo de batalha, mas também o que acontece nas trincheiras de seu próprio país os EUA. Foi a partir dessa sua conclusão que surgiu a idéia de fazer o filme Hell and Back Again.

A idéia do filme aliás é muito boa, mas a execução nem tanto. Achei que as filmagens ficaram um pouco fora de contexto e vazias em alguns momentos. Danfung pecou principalmente nos depoimentos que colheu na volta "dos soldados" para casa. Em vez de pegar o depoimentos de alguns soldados ele concentrou as filmagens na vida e readaptação de "apenas" um deles. Além disso acho que faltou ele fazer algumas perguntas mais dirigidas, sobre as questões que o filme se propõe a responder.

Mesmo que a parte do documentário colhida no Afeganistão seja muito boa, ela não consegue sozinha dar significado a esta produção. Talvez se ele (o diretor) tivesse feito dois documentários separados o resultado poderia ter sido mais agradável. No final o filme peca por tentar ser maior do que o seu orçamento permitia e se torna uma obra mal acabada. De certa forma depois que assisti fiquei surpreso como este filme conseguiu a sua indicação para Oscar desse ano. Acho que talvez por tocar em um tema muito sensível e que ainda gera muito interesse nos EUA ele sensibilizou os membros da academia, mas dificilmente deverá levar a estatueta nessa categoria.



Trailer:

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