Crítica: A Dama de Ferro (The Iron Lady)

6 de fevereiro de 2012 5 Comente Aqui!

Nesse fim de semana eu fui conferir o filme A Dama de Ferro um dos indicados ao Oscar desse ano incluindo  o prêmio de melhor atriz para Meryl Streep. A produção é baseada no livro escrito pela filha da ex-primeira ministra Margaret Thatcher que conta algumas passagens da vida de sua mãe. A produção é muito bem feita em especial a maquiagem que esta fantástica e provavelmente vai levar o prêmio do Oscar nessa categoria. O problema é que o filme é muito lento e pouco cativante, a escolha de focar em flashbacks também não ajudou a conquistar o público que as vezes fica perdido nesse vai e vem desordenado.

A direção da britânica Phyllida Lloyd (Mamma Mia!: O Filme) se preocupou bastante com as aspectos técnicos do filme e nisso a produção dá um show. Em especial os figurinhos que ambientam as passagens mais antigas e a maquiagem que esta fantástica - comparar a maquiagem desse filme com a da produção J.Edgard chega a ser desleal tamanha é diferença de qualidade. Mas questiono muito algumas escolhas sobre o roteiro e a forma como foi contada a vida da ex-primeira ministra. Para alguém que como eu quer assitir este filme para entender e conhecer mais sobre a história dessa figura importante algumas passagens são confusas ou vazias.

Meryl Streep (Simplesmente Complicado, Julie & Julia) faz mais um belíssimo trabalho e merece todas a inicações e os prêmios que recebeu nessa temporada. Não diria que ela é grande favortia a ganhar ao prêmio de melhor atriz desse ano pois a atuação de Viola Davis em História Cruzadas me emocionou mais. Os outros atores tiveram poucas oportunidades de aparecer, o maior destaque vai para Jim Broadbent (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2) que interpreta o seu marido. Ele também vai muito bem interpretando Denis que é bem brincalhão e faz um contraste com a esposa, extremamente séria e convicta de seus pensamentos.

Eu acho que como cinebiografica faltou contextualizar a vida da personagem principal e isso atrapalha muito a conexão do espectador com essa história. O fato do filme focar apenas nas memócias de Thatcher da pouca margem para que possamos entender as motivações dela, de seus aliados e inimigos. O seu marido que seria uma figura importante para entende-la um pouco melhor aparece muito mais como um "fantasma" fruto de seu alzheimer* (outra coisa que não fica clara no filme é se ela é louca ou tem alzheimer). O filme merece ser visto mesmo por ter mais uma bela interpretação de Meryl Streep, de resto muita coisa ficou en passant e pode deixar o espectador com um gosto de insatisfação semelhante ao meu.


Trailer:

5 Comente Aqui! :

  • Fábio Henrique Carmo disse...

    É Alzheimer.

    Se é baseado em um livro da filha dela, dá para imaginar que ficou escondido todo seu lado negro, o qual aliás era predominante. Tatcher foi uma conservadora que, junto com Ronald Reagan, foi a responsável por jogar o mundo na atual crise econômica. Seu destino, junto com o do ator presidente, deveria ser a lata de lixo da História.

  • Sarah disse...

    Vai estrear esta semana em Portugal, e estou com bastante curiosidade. Meryl Streep é a favorita a ganhar o Óscar. Claro que o seu talento é inegável. Estou ansiosa para conferir o filme!

    Sarah
    http://depoisdocinema.blogspot.com

  • Gabriel Neves disse...

    Um filme que eu veria apenas para conferir a atuação de Meryl Streep. E é como o Fábio falou nos comentários, se é escrito pela filha dela, obviamente os defeitos são as coisas menos ressaltadas no longa.

  • Silvano Vianna disse...

    Até que no filme não tem muita babação de ovo não. Ela é representada como sendo muito severa e crítica com as pessoas do meio político e distante da família, mas obstinada pelos sonhos políticos dela.

  • Anônimo disse...

    Fabio e Gabriel estão querendo do filme a historia que eles gostariam de ouvir, ou seja a verdade deles.
    Assisti ao filme e achei a atuação de Meryl Streep fantástica e merecedora do Oscar.
    A história da Inglaterra e de Tatcher no período é incompleta é lógico mas nem por isto deixa a desejar.
    Ao contrario dos dois comentários sobre a vida de tatcher eu e pelo menos a Inglaterra consideramos ela uma das maiores lideres que aquele pais já teve.

 
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