Crítica: Um Dia (One Day)

9 de janeiro de 2012 0 Comente Aqui!

Existem algumas produções que fazem sucesso por conta de um ator que conseguiu se destacar e a levou nas costas para conseguir boas críticas. Um Dia é um filme que não agradou quase ninguém, mas também não pode ser considerado um completo desastre por conta da boa atuação da dupla protagonista formada por Anne Hathaway (O Amor e Outras Drogas) e Jim Sturgess (Caminho da Liberdade) . O trabalho de dirigir a trama ficou nas mãos de Lone Sherfig, que foi responsável pelo belo filme Educação, que concorreu a 3 Oscar e revelou Carey Mulligan (Drive). Sherfig é um ótima diretora e sabe dar bom ritmo ao contar histórias, mas dessa vez ela errou ao aceitar que o próprio escritor do livro homônimo, que serviu de inspiração para a adaptação, fosse o responsável por roteirizar a trama.

Na trama seguimos a história de Dexter e Emma, que se conheceram na noite em que eles se formaram na Universidade de Edimburgo em 1988 e concordaram em manter a amizade e visitar um ao outro na mesma data todos os anos para ver como estão suas vidas. Embora ambos passem por diversos envolvimentos românticos, eles têm uma ligação especial que não conseguem explicar. Acompanhamos o casal por mais de 20 anos e cada ano ocorre algo de novo e diferente.

David Nicholls pode ter feito um livro interessante, mas se perdeu na adaptação para o cinema. Era realmente algo complicado contar a história do jeito que ele propôs e passar 20 anos de transformações em pouco mais de uma hora de exibição não era uma tarefa muito boa. A coisa terminou ficando um pouco arrastada e não cativante. Foi difícil até mesmo perceber qual era a linha que o filme ia seguir, pois hora ele passeava pela comédia e outra hora era um daqueles dramas realmente complicado. Era o ano que ia dizer o que íamos assistir. Por outro lado, a fotografia foi bem trabalhada e até que vemos uma Londres digna de uma bela produção.

Outro ponto é o fato do assunto já estar mais do que saturado e justamente por não propor nada de novo, o filme terminou não agradando. A produção é mais uma daquelas que o personagem começa de um jeito e após um monte de experiências de vida se torna alguém melhor e mais maduro. Não há um desafio ao expectador e tudo termina se tornado piegas. A cena marcante é tão previsível que terminei soltando, sem querer, em voz alta o que poderia estar acontecendo, ou seja, impacto perdido para mim e para todos que estavam na sala.

Se olhado sem grandes ostentações, é capaz de você se divertir, graças aos protagonistas, mas já fica avisado que não há nada de grandioso para ser visto. É um filme arrastado com bons momentos e outros bem fraquinhos. Fica num meio termo entre o ruim e o bom.



Trailer do Filme:

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