A trama é a história de vida de George Valentin, o interprete número um de Hollywood no tempo do cinema mudo. Seu sucesso era inegável e seu carisma garantia sessões lotadas. Certo dia, ele se esbarrou acidentalmente com um fã incondicional e com ela termina sendo capa do jornal. Ela, Peppy Miller, estava tentando começar uma carreira e com a ajuda dele consegue um primeiro trabalho. O mundo começou a mudar e com o avanço tenológico, os filmes passariam a ter reprodução de vozes, o que para George era um absurdo e novidade pela qual ele recusou adaptar-se. Seu sucesso vai se esvaindo e sua alegria de viver se perde com ele. Peppy por sua vez, teve, com essa mudança a grande chance de sua vida, mas nunca ela deixaria de ser grata ao homem que lhe ajudou e por quem ela sempre teve uma paixão.
O longa é uma grande homenagem ao cinema e circula sobre referências a filmes como Cantando Na Chuva e Cidadão Kane. Michel Hazanavicius se mostra um grande conhecedor da era de ouro do cinema e nos entrega uma direção majestosa. Ele sabe exatamente o que fazer para nos entreter e consegue claramente passear entre diversos gêneros, sendo cômico, triste e aventureiro no tempo certo. A metalinguagem é usada com maestria e dizer que tiveram toda cautela com os aspectos técnicos é pouco. Está tudo ali! Aos seus olhos e nada precisa ser dito para que o sentimento recebido seja o mesmo. A fotografia do filme é esplêndida e ambientação é feita nos mínimos detalhes. A direção de arte é demais e trabalha em sintonia com o figuro. Até momentos que não são de filmes mudo fazem parte do longa, mas estes são aplicados com maestria e em situações chave.
A trilha sonora merece um parágrafo a parte. Ludovic Bource acaba de ganhar o Globo de Ouro de melhor trilha sonora do ano, superando o ídolo John Williams, com muito merecimento. Um filme mudo precisa de muita música para preencher os espaços não falados. É até interessante relembrar o tempo em que ir ao cinema era coisa de gente fina, que utilizava seus ternos e gravatas. Na frente da telona ficava uma banda que ia ritmar os acontecimentos e serve também como mais um momento nostálgico. Até fugi um pouco o tema agora, mas queria deixar retratado que a trilha é perfeita e ponto chave para sucesso do trabalho geral.
O elenco também está muito afinado. A dupla de protagonistas, formada por Jean Dujardin e Bérénice Bejo, consegue cativar o público já em sua primeira aparição. A dança e os semblantes são realmente animadores e conseguem arrancar sorrisos de quem assiste. O cachorrinho do personagem principal é uma graça e dei muitas gargalhadas com ele. Parece que foi feito por computação gráfica de tão inteligente, mas o bichinho tomou conta do tapete vermelho no Globo de Ouro e mostrou que é um astro mesmo. O elenco de apoio tem muita gente conhecida: John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller e Missi Pyle enriquecem ainda mais a produção.
Em suma, estamos diante de um grande trabalho, que merece todos os elogios que está recebendo. Os críticos, ele já conquistou, mas o grande público precisa abrir mão de muitos preconceitos para lhe dar a oportunidade que merece. Ganhar o Oscar seria consequência, muitos falam ser impossível por conta de não ser um filme americano, porém ele foi todo filmado nos Eua. Se ganhar, alguns arriscariam mais. Eu indico! Porém saiba que se trata de um trabalho em preto e branco e mudo, não me custa repetir. É um filme que em sua excentricidade, vira contagiante. Diferente de tudo que andamos vendo recentemente.
Trailer:
A trilha sonora merece um parágrafo a parte. Ludovic Bource acaba de ganhar o Globo de Ouro de melhor trilha sonora do ano, superando o ídolo John Williams, com muito merecimento. Um filme mudo precisa de muita música para preencher os espaços não falados. É até interessante relembrar o tempo em que ir ao cinema era coisa de gente fina, que utilizava seus ternos e gravatas. Na frente da telona ficava uma banda que ia ritmar os acontecimentos e serve também como mais um momento nostálgico. Até fugi um pouco o tema agora, mas queria deixar retratado que a trilha é perfeita e ponto chave para sucesso do trabalho geral.
O elenco também está muito afinado. A dupla de protagonistas, formada por Jean Dujardin e Bérénice Bejo, consegue cativar o público já em sua primeira aparição. A dança e os semblantes são realmente animadores e conseguem arrancar sorrisos de quem assiste. O cachorrinho do personagem principal é uma graça e dei muitas gargalhadas com ele. Parece que foi feito por computação gráfica de tão inteligente, mas o bichinho tomou conta do tapete vermelho no Globo de Ouro e mostrou que é um astro mesmo. O elenco de apoio tem muita gente conhecida: John Goodman, James Cromwell, Penelope Ann Miller e Missi Pyle enriquecem ainda mais a produção.
Em suma, estamos diante de um grande trabalho, que merece todos os elogios que está recebendo. Os críticos, ele já conquistou, mas o grande público precisa abrir mão de muitos preconceitos para lhe dar a oportunidade que merece. Ganhar o Oscar seria consequência, muitos falam ser impossível por conta de não ser um filme americano, porém ele foi todo filmado nos Eua. Se ganhar, alguns arriscariam mais. Eu indico! Porém saiba que se trata de um trabalho em preto e branco e mudo, não me custa repetir. É um filme que em sua excentricidade, vira contagiante. Diferente de tudo que andamos vendo recentemente.
Trailer:
10 Comente Aqui! :
Impossível não ficar curioso após ler esta crítica!
A trilha sonora realmente é impecável, assim como toda a ambientação. Se eu não tivesse lido sobre O Artista antes, poderia jurar que era um filme da primeira metade do século passado. É uma homenagem ao cinema mudo e ao preto e branco, uma homenagem que deu muito certo. Jean Dujardin está ótimo, o cachorrinho rouba a cena e eu me apaixonei por Bérénice Bejo aqui. E aquele final, terminei de ver o filme arrepiado.
Abração, e que crítica maravilhosa!
Gabriel! Obrigado pelos elogios da crítica. Este é meu favorito ao Oscar...pode não ganhar por motivos que sabemos quais, massssssssssssssss eu quero que ganhe.
Ótimo Tiago, crítica sensacional!
Um filme primoroso e corajoso.
Vou revê-lo e no cinema, como ele merece.
Abraço.
Obrigado! Já vi duas vezes e semana que vem estou no cinema MESMO!
Bacana a resenha... Só devo apontar que a tal "Era de Ouro" de Hollywood se deu entre as décadas de trinta e sessenta, então o contexto histórico do filme - a transição entre o cinema mudo e o "falado" - precede essa época. No mais, parabéns pelo blog!
Belo texto.
O filme é dorável, meu favorito no Oscar!
Sensacional!!!! \o/ ADOREI!
Acho que não só, mas como a grande maioria dos cinéfilos estão muito mais do que ansiosos para assistir a esse filme!
Parece piada mesmo, na era da tecnologia fazermos um filme que pode ser considerado 'antiquado' mas acredito O Artista convence pela qualidade e pela saudade dos filmes simples e fantásticos!
Estou ansiosa demais, só posso dizer isso :)
Um Beijão!
Camila Leite
@sonhospontinhos
www.sonhosentrepontinhos.com
Tiago, sinceramente, fiquei apaixonado por O ARTISTA. Achei ousado, delicado e um filme que nos remete ao passado em seus aspectos. Parabéns pelo texto, percorre bem os principais sensos desse filme que é meu favorito ao Oscar - ao lado do HUGO, claro.
E quero que Dujardin leve mesmo, até porque, detesto seu maior concorrente, George CHATO Clooney, rs!
abraço e parabéns pelo texto, um dos seus melhores.
O filme fala sobre Hollywood, rodado nos EUA, as poucas falas são em inglês, os letreiros são em inglês, todo elenco de apoio é americano, então o fato de ser "francês", nesse caso, é um mero detalhe, diferente das definições de muitos textos escritos por aí.
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