Crítica: As Flores da Guerra (Flowers of War)(Jin líng shí san chai)

As Flores da Guerra é mais um filme indicado ao Globo de Ouro de 2012. O longa, chinês, concorre ao prêmio de melhor filme estrangeiro e é baseado no romance de Geling Yan, The 13 Women of Nanjing. Sua adaptação para a sétima arte ficou por conta do diretor Zhang Yimou (O Clã das Adagas voadoras, A Maldição da Flor Dourada)  e o filme, apesar de ser estrangeiro, foi protagonizado por Christian Bale, o que já serve como ponto extra para que as pessoas deem uma chance para a produção. Como matéria de curiosidade, segundo o Hollywood Reporter, a película se tornou a sexta maior estréia de todos os tempos no país e em apenas 17 dias de exibição, arrecadou quase 83 milhões.

A trama se passa durante a segunda guerra entre China e Japão, em 1937, e nos narra a mudança de comportamento do forasteiro, John Miller, que chega a uma igreja católica para providenciar o enterro de um padre. Ao chegar lá ele termina descobrindo que sua missão era inútil e acaba por se deparar com jovens estudantes de um convento. Poucas horas depois de sua chegada, um grupo de prostitutas de um bordel próximo do local, encontram refúgio na igreja. Na tentativa de impressionar uma das prostitutas, ele acaba se vestindo de padre, após uma bebereira, e involuntariamente se transforma no protetor dos dois grupos heterogêneos, constantemente em pânico devido ao consecutivos estupros e execuções promovidas pelos homens do exército japonês.

O filme é muito bonito e bem feito. Não somos poupados de cenas violentas, mas somos agraciados com belos momentos de amizade, descobrimento e amor. Bale nos entrega mais uma interpretação interessante, mas sua façanha mais do que nunca conta um belo elenco coadjuvante que não decepciona e enriquece cada vez mais a trama. A cultura no oriente é algo que gosto de apreciar e ver a dedicação de todos para alcançar as promessas e realizar os sonhos. É retratado de forma muito interessante o fato de que na guerra os opostos podem se tornar grandes amigos e muitas vezes se sacrificar por aqueles que antes tinham como desprezíveis.

Cada dia que passa, aprecio mais ainda o cinema alternativo e esta é uma daquelas produções que serve para nos enriquecer, no critério de ganho de informação e para nos enriquecer como pessoas, que aprendemos a valorizar cada vez mais nossas conquistas e entender que diante de diversas situações somos todos iguais e que devemos de vez abolir preconceitos. A direção está muito boa, a trilha sonora é muito interessante e a fotografia agrada bastante.

Trailer do Filme: