Crítica: As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin)

19 de janeiro de 2012 1 Comente Aqui!

A transposição de Tintim para os cinemas era um sonho antigo da dupla Steven Spielberg (Cavalo de Guerra, O Resgate do Soldado Ryan) e Peter Jackson (Um Olhar do Paraíso, King Kong) que pretendem inclusive fazer pelo menos três filmes sobre o personagem. Esse primeiro projeto coube a Spielberg assumir a direção, o próximo dizem que será Jackson e o terceiro deverá ser outro diretor com James Cameron (Avatar) como o nome mais cotado no momento. Como era de se esperar com esses nomes envolvidos o filme é muito bom e muito bem feito.

Ao contrário de outras produções em 3D o filme utilizou a tecnologia 3D digital de captura de movimentos em vez da converssão que de um modo geral termina produzindo um efeito de péssima qualidade. O processo de animação (a capatura de movimentos) é bem semelhante ao do filme Expresso Polar com o plus do 3D o que torna essa animação mais charmosa ainda. Por isso não tenha dúvidas caro leitor(a) se for conferir esta produção nos cinemas prefira assiti-la em uma sala com 3D digital, com certeza você não vai se arrepender.

Em As Aventuras de Tintim seguimos o ávido, insaciável e jovem repórter Tintim (Jamie Bell - A Águia da Legião Perdida, Billy Elliot) ao lado de seu leal cachorro Milu a partir do momento em que eles descobrem que o modelo de um antigo navio contém um segredo explosivo. Atraído pelo mistério centenário, Tintim se vê na mira de Ivan Ivanovitch Sakharin (Daniel Craig - Cowboys & Aliens, A Casa dos Sonhos), um vilão diabólico que crê que Tintim roubou um tesouro valioso ligado a um velho pirata cruel chamado Rackham, o Terrível.

Com a ajuda de seu cachorro, Milu, do mordaz e resmungão Capitão Haddock (Andy Serkis - Operação Presente, Planeta dos Macacos: A Origem) e dos atrapalhados detetives Dupond; Dupont (Simon Pegg e Nick Frost), Tintim percorrerá meio mundo, sendo mais esperto e mais rápido que seus inimigos, numa perseguição vertiginosa atrás da localização exata de onde teria afundado O Licorne, um galeão naufragado que pode conter a chave de uma imensa fortuna… e de uma antiga maldição. Dos mares revoltos às areias dos desertos norte-africanos, cada reviravolta arrasta Tintim e seus amigos a níveis mais fortes de emoções e perigos, demonstrando que quando alguém se arrisca a perder tudo, não há limites para o que você é capaz de fazer.

Outra coisa que ajudou a tornar o filme ainda mais agradável foi a escolha dos protagonistas, o time formado por Jamie Bell, Simon Pegg (Missão: Impossível - Protocolo Fantasma, Star Trek), Andy Serkis e Daniel Craig; alia talento e versatilidade. Juntando todo esse talento com a técnica de captura de movimentos os personagens ganham literalmente outra dimenção, se tornam mais reais e convincentes. As expressões, sentimentos e os movimentos de cada um dos atores transborda na tela; um esforço que torna o filme ainda mais deslumbrante e o 3D mais impressionante.

Ainda que o roteiro seja algumas vezes infantilizado e acelerado demais o filme conquista principalmente pela boa direção de Spielberg. A montagem ganha grande destaque fazendo com que cenas distintas se conectem de forma a se completarem, coisa que poucos sabem fazer tão bem. A trilha como sempre esta muito boa fazendo com o espectador se conecte com cada emoção que o filme proporciona. As Aventuras de Tintim é um ótimo começo de uma franquia que promete, não é uma produção que vai revoluicionar o mundo da animação, mas é muito bem feito e vale o ingresso.


Trailer: 

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