Crítica: Carros 2 (Cars 2)

31 de dezembro de 2011 1 Comente Aqui!

Existem aqueles momentos na vida em que erramos para aprender que não somos perfeitos e que precisamos encontrar nos erros o aprendizado para aprimorar e melhorar no futuro. Essa é a mensagem que os produtores e responsáveis da Pixar devem ter tirado como lição neste ano de 2011. Carros já é considerado o pior filme da empresa e promover uma continuação daquilo que não deu certo foi o grande erro cometido neste ano.

Na nova trama, a férias de Relâmpago McQueen são interrompidas após ter sido convidado por Miles Axlerod, milionário do ramo de energia, para participar de um campeonato, por diversos países, utilizando seu combustível natural e não poluente. O objetivo era reduzir o consumo de gasolina no planeta, mas esta é uma ideia que desagrada muita gente interessada no lucro da venda de gasolina, que se reúne para tentar sabotar a competição. Essa situação atrai a atenção de Finn McMissile e Holley, respectivamente espião e agente, que seguem em busca do responsável pelos ataques à competição. Um mal entendido os leva a crer que Mate, o reboque velho e caipira, é um aliado deles nessa busca e assim o levam parar todos os lugares possíveis para encontrar os malfeitores.

Uma coisa não podemos negar...Tentaram fazer algo diferente com a produção e mudaram até mesmo o protagonista, com a passagem do trono de McQueen para Mate. Essa iniciativa é até notável, mas não consegue animar muito quando o que tentaram fazer foi recriar um filme "James Bond" para uma franquia de animação de carros. Assim sendo, a Pixar errou e desta vez entregou um longa exclusivo para crianças e mudou a característica de também animar o seu pai ou tio acompanhante. Alias, nem mesmo as crianças se animaram tanto, pois o maior entretenimento proposto eram os tiroteios envolvendo os personagens.

Nem tudo é um desastre e os países são retratados de forma muito rica e divertida. O Japão se mostra aquela região com a tecnologia ultra avançada e com um colorido muito chamativo. Inglaterra e França estão presentes e seus principais pontos turísticos são valorizados e recriados de maneira esplendorosa. Algumas piadas até são interessantes, mas a história realmente é boba, não empolga e foi um pouco longa demais até mesmo para a criançada.

A coisa fica realmente complicada quando o filme esquece que começou com um discurso em prol da natureza e valoriza a gasolina. Parece que esqueceu que ser ecologicamente correto hoje me dia é ponto fundamental para qualquer empresa e negócio. Não sei se perceberam que tinham investido em baboseira e já era tarde demais para salvar o defunto. Parando para pensar em dinheiro, o filme vai render muita grana e muito brinquedinho vai ser comprado ou ganhando com os fast foods da vida, mas espero que sirva de lição para a Pixar voltar a nos impressionar.



Trailer do Filme:

















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