Crítica: Amanhecer - Parte 1 ( Breaking Dawn - Part 1)

18 de novembro de 2011 8 Comente Aqui!

Ás vezes tenho a sensação de que criticar um filme como esse é mera perda de tempo. Não importa o que eu diga, ele será um sucesso e isso é algo inquestionável, mesmo para os mais avessos a trama. Quando Harry Potter anunciou que seria dividido em duas partes (Parte 1 e Parte 2), confesso que fiquei preocupado demais, mas terminei gostando do que fizeram. Quando foi anunciado que Amanhecer faria o mesmo, fiquei mais preocupado ainda, pois o começo do quarto livro era a história que menos eu tinha gostado. De toda forma, não sei se foi o fato da crítica americana ter "assassinado" o filme ou a minha baixa expectativa quanto a produção. Fato é que terminei me identificando com a película e me dando ao prazer de dizer que é o melhor da franquia. Quem leu o meu texto de Eclipse, sabe que gosto do enredo como um todo, mas que nunca aceitei o grande drama que a a autora empregou em suas narrações. Quem leu meu antigo texto, sabe, também, que quando isso é transpassado para uma encenação, a narração, de certa forma, se perde e se transforma em algo menos dramático. Essa pode ser mais uma justificativa para o filme ter me agradado.

Nem de perto estou falando de algo grandioso, e de fato não estou. Comento acerca de um trabalho feito para um público alvo que sabe o que vai ver e que certamente irá sair satisfeito da sessão. É com esses olhos que tento escrever essa crítica, mas não posso negar que como uma pessoa que gosta de cinema, ainda encontro muitos problemas nele. O maior de todos, e que não terá solução, é o elenco que não consegue evoluir em seus papéis. É impressionante como gosto de Kristen Stewart (Garotas do Rock - The Runaways) em outros filmes, mas a acho completamente sem sal em sua franquia de maior sucesso. Robert Pattinson (Água para Elefantes, Lembranças) é outro que por hora aparece bem, mas nada consegue transpor em seu personagem ultra maquiado. Taylor Lautner (Sem Saída,Idas e Vindas do Amor) ainda é o melhor do trio, mas nada espetacular.

Para quem ansiou para ver o Brasil só tenho a dizer que muito pouco verá. Alguns segundos do Cristo e nada mais do que uma cena de curtição na Lapa. Por outro lado, os cenários continuam legais e a fotografia foi muito bem trabalhada. Há um pouco de ação e esta chega a causar emoções no espectador, que se demonstra hora tenso, nervoso ou apreensivo com o destino dos personagens. O roteiro como um todo conseguiu ser intrigante ao colocar a vida de um filho em troca da vida de uma mãe, a traição ao seu grupo em virtude de um amor e até mesmo a morte como única saída para a vida.

A fidelidade com a obra é inegável. Tudo foi feito da forma como imaginei enquanto me afundava nas páginas do livro. A cena do Imprinting é perfeita e exatamente como previ. O renascimento da protagonista conta com bons efeitos, mas estes ainda estão mais voltados para a manada de lobos.  A trilha sonora é outro ponto forte da produção, que parece ser praticamente contínua. Não me recordo muito bem de algum momento que não tivesse alguma boa música ao fundo para contemplar a cena.

Eu indico este filme para todo mundo? NÃO! Longe disso. Você já teve 3 oportunidades de verificar se gosta ou não da vida entre vampiros e lobos. Se até aqui não gostou, não será agora que irá gostar. Se gostou? Pode assistir, pois para você eu indico SIM! Não é uma grande equação matemática. É um simples conhecimento de seu próprio gosto. Com o pensamento de quem realmente se interessa em saber qual nota vou dar a produção, acredito que é nada mais justo do que:



Trailer do Filme:

8 Comente Aqui! :

  • Rodrigo Mendes disse...

    Ótimo texto!

    Eu não gosto da saga desde o início e não é agora que vou gostar, rs! Penso iguala você quanto ao trio protagonista. Embora eu ainda ache que Pattinson nunca apreceu bem.

    Quem é fã se diverte.

    Abs.

  • Lila disse...

    Muito bem explicado!

    Eu gosto do livro mas a forma como fizeram o filme não transmite a mesma emoção do livro.

    Kristen e Robert conseguem "não dá vida ao personagem" nunca achei que um ator seria capaz de fazer isso.

    Kristen é morta, fria e não transmite a paixão que deveria ser transmitida.
    Acho que se a autora fizesse o papel da protagonista Bella swan, ela seria bem melhor.

    Robert é muito cru, se a ignorância me permite dizer. Ele é "duro" não tem expressão e nem emoção, com certeza esse será seu maior papel como ator, pelo menos um dos mais importante, e ele não consegui "valorizar" isso.
    Um bom ator é aquele que consegui transmitir da melhor forma o que se espera de cada cena.

    Quando ao Taylor também concordo com você que ele seja o melhor do trio.
    Não que seja a melhor atuação dele, mas ele vem crescendo e mostrando que aprende rápido.
    No filme sem saída ele foi bem, mostrou personalidade. Eu gostei do filme.

    Agora é esperar e ver o que vem no próximo filme.

  • Anônimo disse...

    Eu acho que pessoas que não gostão do filme não deveria assistir quem fala é pq gosta e está se escondendo bando de besta

  • Pequena irreverente disse...

    Gostei do seu texto, quanto ao filme, não gostei, não gostei do livro (não consegui ler 20 páginas do 1) e nem de nenhum dos filmes. Na verdade me incomodo com o perfil do vampiro ou do lobisomem que de terror nada apresenta, sinto falta dos calafrios proporcionados pelos vampiros ou lobisomem do passado, que ao mesmo tempo mantinham o perfil sedutor. Nesta versão atual a enfase talvez seja o amor, ou o triangulo amoroso que pelo menos para mim ainda não ficou claro quem ama quem. Mas, o que mais me incomodou no filme foi a mistura desequilibrada de ficção e realidade no seguinte aspecto: Ele vampiro ela humana, como um ser sem sangue pode produzir uma vida através de uma relação sexual, como ele produz sêmen? Isso para mim foi terrível!! Qual a função dela engravidar? Só penso que para provar a masculinidade do pai!! A única coisa que ela queria era virar vampira, logo... para que um bb? Seria o bb de Rosemary new generation? Completamente sem nexo esta história. Para piorar a criança é metade humano metade vampira, (isso é possível?)E a gota foi o,Imprinting ou seja o lobo teve que levar algo na história, não ficou com a mãe mas, vai ficar com a filha? Esses jovens e adolescentes...

  • Anônimo disse...

    cara amiga irreverente, acho engraçado essas suas perguntas, será que você acredita em vampiros e lobisomens? pois põe em causa a existência de "sémen de vampiro" e "híbridos" mas não, a existência de vampiros e lobisomens... lool... tudo no filme é fictício, e penso que não se deve criticar o filme pelos factos atrás mencionados, mas sim, pela fraca interpretação das personagens e como disse e bem, os calafrios e o perfil sedutor que tão bem caracteriza o "vampiro" inexistentes neste filme "entre outros"...
    pessoalmente não sou fã mas gosto de ver pois fico com grande curiosidade da intriga da sequela e o seu desenrolar, infelizmente fico desiludido pois nunca superam as minhas expectativas...

  • Zé Felipe Sá disse...

    Cara "Pequena irreverente" e o Sr. "Anônimo #2", eu concordo e "disconcordo" com vocês ao mesmo tempo.

    Explico. Eu concordo com o "Anônimo #2" no sentido que, já que estamos lidando com um mundo onde vampiros e lobisomens são reais, então no nome da ficção tudo é possível. Levando em conta esse argumento, o ato de examinar a verossimilhança de certos detalhes da trama se torna um exercício que beira ao inútil.

    Agora, entendo o incômodo da nossa "Pequena irreverente" (me amarrei nesse apelido) com a "licença poética" que Stephenie Meyer (autora da saga "Crepúsculo") teve com a mitologia vampírica. Reinvenções podem trazer resultados positivos; lembrem de Anne Rice e as crônicas de Lestat. Ela refez a imagem desses sanguessugas imortais de um modo bacana, pós-moderno. Se não fosse por ela, provavelmente ainda estaríamos engessados naquele imaginário vitoriano de "Drácula"... Mas... O que Meyer fez foi reduzir esses seres sobrenaturais, que no século passado era a "encarnação do mal", à quina de um triângulo amoroso aborrecente.

    De qualquer sorte, por bem ou por mal, Stephanie Meyer produziu a mitologia do vampirismo do século 21. O impacto de "Crepúsculo" é inegável!

  • Anônimo disse...

    Eu gostei da sua crítica a mais justa até agora,sou fã da saga, mas estas sagas de fantasia só são apreciadas pelas pessoas que gostam do tem do mundo fantástico, mesmo sendo um fã fanática da saga, tive a ler as criticas pela primeira vez, e até ler a sua critica me sentia um pouco em baixo, porque nunca pensaria nestas criticas, apesar disso relembro que só quem gosta do tema vai apreciar a saga!
    E gostei também que você disse isso!

 
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