Top 5: Expressionismo Alemão

13 de outubro de 2011 1 Comente Aqui!






Depois da Primera Guerra Mundial, o cinema alemão foi tomado por um movimento artístico que refletia os anos tumultuados da República de Weimar: o expressionismo. Nele, a subjetividade dos seus personagens - suas angústias, medos e fobias - é expressa na tela de forma assustadora. Jogos de luz e sombra, maquiagens carregadas e sets elaborados em ângulos propositadamente estranhos refletem as psiques perturbadas dos seus protagonistas. Clássicos do gênero noir a lá O Falcão Maltês (1941) e as carreiras de alguns ilustres diretores (Alfred Hitchcock, um deles) devem muito à estética mórbida do expressionismo.

O Gabinete do Dr. Caligari (1920)


Desenvolvido à partir de uma série de flashbacks, O Gabinete do Dr. Caligari é a estória de um médico maquiavélico que, através da sugestão hipnótica, faz um jovem sonâmbulo cometer uma série de assassinatos no vilarejo de Holstenwall... Mas aqui nada é o que parece ser, e é só final que descobrimos do que o filme realmente se trata. O Gabinete do Dr. Caligari é o considerado por muitos a obra mais influente produzida dentro do expressionismo germânico.

O Golem - Como Veio ao Mundo (1920)


Ao ter sua vila ameaçada pelo kaiser, um cabalista medieval cria um guardião do barro para proteger seus habitantes. Seguindo o velho "penso, logo existo" descartiano, o monstro de argila gradualmente ganha consciência e decide seguir o seu próprio caminho de forma bastante violenta. O Golem é uma metáfora para o que o autor de sci-fi Isaac Asimov (1920-1992) chamou de "síndrome de Frankenstein" - a criatura se volta contra o seu criador, uma punição divina pelo rabino "bancar Deus".

Nosferatu (1922)


Um clássico do cinema em preto e branco, Nosferatu é uma adaptação não-autorizada de Drácula (1897), de Bram Stoker (a viúva do escritor se recusou a ceder os direitos pra F.W. Murnau). Essa situação forçou o diretor à fazer algumas alterações "cosméticas" (Drácula vira Conde Orlok, Jonathan Harker vira Thomas Hutter, etc). Esquecem o vampirismo churumela de Crepúsculo - isso aqui é o real deal.

Metropolis (1927)


Referência máxima em como produzir ficção científica na era do cinema mudo, é difícil não comentar nada sobre Metropolis quando a conversa se trata da história da evolução da sétima arte. Ambientado num centro urbano futurista, Fritz Lang fez do seu filme uma crítica à crescente mecanização do homem no século XX. Metropolis foi um alerta de como a tecnocracia ia tomar conta de nossas vidas - coisa que já se tornou realidade faz tempo, diga-se de passagem...

M - O Vampiro de Düsseldorf (1931)


Um maníaco infanticida aterroriza a Renânia dos anos 1920, deixando a população em pânico. Policiais inundam as ruas, forçando até o mundo do crime a agir contra o misterioso serial killer. Supostamente baseado no caso do psicopata alemão Peter Kürten, esse é o favorito entre os filmes do diretor.

1 Comente Aqui! :

 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...