Crítica: Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers)

Os Três Mosqueteiros é um clássico de Alexandre Dumas e envolve as aventuras de Athos, Porthos e Aramis. Em um único dia, todos três são desafiados pelo o jovem D'Artagnan, mas na hora das disputas, guardas atacaram os espadachins e juntos eles derrotaram mais de 40 soldados de uma única vez. Neste momento estava sendo formado um quarteto que iria lutar para evitar uma guerra entre a França e Inglaterra. Tudo fazia parte de um plano arquitetado pelo Cardeal Richelieu, que estava ansioso e sedento pelo trono francês. 


Não entendi muito bem o rumo que quiseram dar para a trama e acho que tentaram de alguma forma fazer algo similar ao que Piratas do Caribe trouxe para o cinema. Tentaram impor um tom meio sarcástico na história, encorpar ela com piadas, mas nada disso conseguiu atingir o efeito ou teor cômico esperado. Estou até agora me perguntando se esqueceram de dizer, para os produtores, que eles não tinham um ator de qualidade como Jhonny Deep para levar a produção ao sucesso. O elenco principal não estava preparado para assumir os papéis que lhes foram dados. Logan Lerman não é necessariamente um mau ator, mas a verdade é que ele tem tudo, menos cara de um mosqueteiro e ainda falta um pouco mais de experiência. O trio de mosqueteiros deve e muito na conquista do público e Milla Jovovich estava muito "forçada" em sua interpretação. Orlando Bloom foi uma mera peça de publicidade, pois está mais para um figurante do que qualquer coisa, e nem mesmo Christoph Waltz conseguiu entregar uma atuação interessante.

O roteiro apresenta furos absurdos e ainda precisa de um narrador externo para apresentar ou explicar alguns atos que serão tomados pelos personagens. Estou decepcionado com a produção e posso estar pegando pesado demais. Nem tudo está tão horripilante assim...Alguns efeitos foram bem aproveitados, as lutas estão bem ensaiadas e se o filme não for muito levado a sério, até que é capaz de deixar alguém na sessão contente. Posso até estar fazendo um favor à produção, pois como costumo dizer: "Tudo depende da expectativa que você entra na sala do cinema"...E a sua vai estar bem baixa depois de ler esta crítica.

Em resumo, achei este um filme sem coração, que deve divertir algumas pessoas, mas que para mim não passou de uma baboseira. Me lembrou aqueles filmes de Michael Bay, que são completamente vazios e extramente exagerados no uso de efeitos especiais e trabalho sonoro. Já ficou nítido que haverá uma continuação e espero que corrigam os grandes erros cometidos neste filme. Orlando Bloom e Waltz, principalmente, são pessoas que merecem um maior destaque, pois a capacidade de atuar está muito acima dos seus companheiros de elenco.

Nota: 4,5
IMDB: 5,9
Rotten Tomatoes: 4,2

Trailer do Filme: