Crítica: Larry Crowne - O Amor Está de Volta (Larry Crowne)

12 de setembro de 2011 2 Comente Aqui!

Em 1996 o ator Tom Hanks decidia que era hora de arriscar na direção e foi responsável por comandar a produção The Wonders: O Sonho não acabou. Em sua primeira atividade por trás da câmeras, o ator/diretor foi muito elogiado e conseguiu agradar grande parte do público. Agora 15 anos depois, ele novamente apresenta um trabalho como diretor, mas desta vez parece não ter acertado e entrega ás salas de cinema um filme com grande potencial, mas que terminou ficando sem vida e sem sal. Como protagonista é até nítido o quanto ele se esforça para conquistar a platéia, mas a falta de conflitos e o romance mal justificado, terminam colocando os pontos positivos à perder.

Na trama, Larry é um funcionário aplicado e que trabalha em na rede de supermercados Umart. Após achar que seria considerado pela nona vez seguida o funcionário do mês, o bom moço termina sendo demitido sob a justificativa de não possuir um curso de nível superior e por não ter oportunidade de crescimento dentro da organização. Ainda assustado com a notícia, a solução mais prática encontrada por ele foi entrar rápido numa universidade e correr atrás de um diploma. Na faculdade Larry aprende novos pensamentos, novas atitudes e maneiras de se vestir, faz novas e boas amizades e termina se inscrevendo numa matéria, pela qual foi informado ser capaz de mudar sua vida e conhece a professora Mercedes Tainot, que será alguém especial para ele.

Vemos, na sinopse, uma história perfeita para colocar o personagem em conflitos e encarar adversidades, pois uma pessoa de cinquenta anos não consegue se adaptar tão facilmente numa faculdade e precisa passar por um período de adaptação. A questão é que tudo isso parece ter sido esquecido para dar a produção um clima ameno e diálogos engraçados. Os diálogos realmente são divertidos e conseguem arrancar algumas risadas do público, mas toda essa facilidade em resolver os dilemas da vida levam ao pensamento de que estamos diante de um filme falso e sem tempero. Não posso nem questionar as interpretações dos atores principais, pois os dois são craques e mundialmente conhecidos por este tipo de papel. Hanks faz aquele cara boa praça e carismático e Julia Roberts a emburrada, mau amada que precisa de atenção e carinho.

Há ponto positivos na produção, pois a direção de arte está impecável e acerta incrivelmente ao colocar o ambiente meio retrô e a trilha sonora também foi muito bem trabalhada. Há algumas piadas interessantes e algumas vezes até passamos a torcer pelos personagens, mas como já disse e sendo mais repetitivo estamos de diante de uma ilusão de um mundo falso e que jamais irá fazer com que alguém acredite nele. Faltou problemas, faltou drama, porém aposto que sobraram boas intenções.


Nota: 5,5


Trailer do Filme:

2 Comente Aqui! :

  • renatocinema disse...

    Tenho certo pré-conceito em relação a Tom Hanks. Acho que ele tem um super potencial, prêmios merecidos na carreira. Mas, falta a ele deixar de ser o bonzinho.

    Precisa ser um grande vilão para eu, particularmente, gostar mais dele.

 
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