Crítica de Seriado: Camelot

6 de julho de 2011 3 Comente Aqui!
O canal Starz no ano passado ficou conhecido ao exibir o sanguinolento e despudorado Spartacus: Blood And Sand. Acertaram na "mosca" pois atingiram um público mais maduro que quer ver cenas de luta mais pesadas na TV. Então com o anúncio de Camelot, a versão da famosa e conhecida lenda do Rei Arthur criou alguma antecipação para os aficcionados em série.


Com um elenco que conta com Joseph Fiennes interpretando um amargurado e misterioso Merlin, mais jovem que as versões anteriores, mas não menos manipulador e Eva Green, uma atriz belíssima que trouxe uma das melhores Morgana Pendragon até hoje, esbanjando sua sensualidade natural e ao mesmo tempo ardilosa e de olho no trono de seu meio irmão Arthur. Camelot conta com a presença de Claire Forlani que interpreta a Rainha Mãe Igraine, que casara com Uther Pendragon, que foi assassinado logo no primeiro episódio. Forlani fez tantos procedimentos estéticos que às vezes fica constragedor ver uma mulher desta idade num local onde mau se enxerga um clínico geral, quanto mais um cirurgião plástico.

Eva Green: Um dos bons motivos de
assistir Camelot
A nova versão de Camelot inicia com a morte de Uther Pendragon  causada pela sua filha Morgana. Com o trono vago, o feiticeiro Merlin busca o filho escondido de Pendragon que fora criado por fazendeiros que ele mesmo anos atrás havia entregue aos mesmos para cria-lo e protege-lo das intrigas do reino. Agora, um jovem adulto, Arthur reluta em aceitar o seu novo status, mas segue com Merlin, seu irmão Kay e seu melhor amigo Leontes, noivo de uma certa Guinevere para o que seria a nova cidade que reuniria os bretões chamada Camelot.

A primeira temporada é basicamente a formação de Camelot como o centro de poder da região, com o Rei Arthur como seu grande e aguardado líder. Proteger as vilas ao redor é um dos objetivos do Rei que quer expandir sua visão de civilização. Contudo, ele sofre a inimizade oculta de sua irmã Morgana que tentará de qualquer jeito minimizar os esforços do irmão e roubar o trono, a que ela se diz destinada.
Claire Forlani: Plástica na Idade Média
Apesar de não ser uma série sofrível, Camelot é interessante por dois personagens coadjuvantes que são Merlin e Morgana, justamente por serem os mais misteriosos e que trazem a série algo desconhecido, ainda a ser desenvolvido pelos roteiristas como a origem de Merlin, o lobo que aparece para Morgana.
Agora as batalhas são sem emoção, ainda mais para quem viu Spartacus e o triângulo amoroso Arthur/Leontes e Guinevere é insonso e além do mais, todo muito conhece ou deveria conhecer a lenda de Arthur, sabe que Leontes tem "uma marca de X na testa", já que é claro que Arthur ficará com Guinevere. Algumas séries conseguem transmitir emoção para fatos conhecidos do público, mas aqui o pobre Leontes parece andar esperando o dia de sua morte ou qualquer outro método que os roteiristas escolham para dar o fim ao personagem.

Camelot é indicada para fãs da lenda de Arthur, mas com certeza poderia ser bem melhor se fosse explorado o lado mais sombrio ou as batalhas mais interessantes e menos burocráticas, mas agora que o seriado não foi renovado para uma segunda temporada, tudo fica para o mundo das possibilidades.

Texto de Master Sidious - Blog Iniciativa Global

3 Comente Aqui! :

  • KA disse...

    Eu gostava de Camelot. Figurinos maravilhosos e produção caprichada. Final de temporada bem legal.
    E, se forem reservar papéis de época somente para atrizes que não fizeram plástica, na boa, não vai mais ter produção nenhuma deste tipo. Menos....

  • Master_Sidious disse...

    Não gostei muito da abordagem da série para a lenda do Rei Arthur, e certamente muita coisa ficou a ser desenvolvida numa futura temporada, mas a série foi cancelada. Com certeza, se a série fosse sido desenvolvida pela HBO, uma emissora com compromisso com a qualidade e que dificilmente erra, teríamos uma boa série.


    Quanto a reservar papeis de época para atrizes que não fizeram plástica, eu diria que não é necessário, afinal existem boas plásticas como a de Katey Sagal de Sons of Anarchy e de Lucy Lawless de Spartacus, e más plásticas como a de Claire Forlani de Camelot. Dito isso, certamente existem atrizes que sofreram cirurgia plástica e que mantiveram uma ar menos artificial como a atriz citada e que poderiam ser fazer papeis de época tranquilamente.

    Agora o que não pode é contratar uma atriz que parece que esticaram todo o rosto para fazer o papel de uma Rainha na Idade Média. Mas de longe, isso não foi o que mais me incomodou na série, apenas era estranho de ver. Achei mais estranho a mãe de Anna no remake do seriado V que deveria ter uns 50 para 60 anos de idade. Porque um alienígena que pode ter a forma que quiser escolhe uma tão plastificada? Para parecer bonita? Para quem, se ela era prisioneira no porão da nave. Vai entender.

 
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