Crítica: Contra o Tempo (Source Code)

Existem alguns atores que com trabalhos recentes, passam a ganhar a simpatia do público. Jake Gyllenhaal é um deste atores, que estão crescendo em Hollywood e confesso que estou gostando de sua desenvoltura nos últimos trabalhos. Nos últimos anos ele fez uma ótima aparição em O Amor e Outras Drogas e uma melhor ainda no filme Entre Irmãos. Com o longa pipoca O Príncipe da Pérsia ele mostrou que sua carreira iria alavancar de vez e seu novo filme é muito bom e interessante. Contra ao Tempo é uma obra que consegue prender a atenção do seu espectador durante toda a sua execução e junto à Sem Limites, entra para a lista de melhores surpresas do ano até o momento.

Na história, seu personagem, Capitão Stevens, se depara com a estranha situação de acordar na pele de um homem que não conhece e diante de um grande acidente. Ele descobre que, sem sua vontade, ele é uma cobaia para testes que estão sendo feitos pelo governo americano, na tentativa de desenvolver um programa que permite que um soldado assuma identidade de outra pessoa durante seus últimos 8 minutos de vida. Com essa arma poderosa é possível identificar terroristas, assassinos e demais culpados em casos, que até então não tinham solução. Sua missão desta vez é descobrir quem é o responsável pela explosão de um trem, que deixou milhares de vítimas e impedir novos ataques.

As atuações são um ponto muito importante do longa, pois nos permite viajar no mundo e aceitar a possibilidade da existência de um dispositivo desta capacidade. Jake Gyllenhaal nos coloca em um dilema sobre a luta de uma pessoa contra seus problemas e traumas pessoas e a necessidade de salvar um mundo de uma forma, que poucos seriam capazes de fazer. Vera Formiga é outra que nos faz acreditar numa profissional que sabe da importância de suas funções e que ao mesmo tempo acredita no desejo e anseios das pessoas. O embate entre os personagens destes atores são sempre motivo de ânimo para o espectador.

A direção é bastante segura nas mãos de Duncan Jones e o roteiro é muito inovador e digno de uma ótimo filme de ação. O jovem roteirista Ben Ripley realmente impressiona e nos joga em um universo que pode ser comparado com grandes clássicos do gênero, mas que mantêm a originalidade. É mais do que evidente minha satisfação com a produção e como já dito, um dos melhores do ano. Podem conferir sem medo, pois apesar de deixar umas leves questões em aberto ou disponíveis para discussão, os espectadores irão adorar.

Nota: 9,0

Trailer do Filme: