Crítica de In Treatment Terceira Temporada

11 de maio de 2011 1 Comente Aqui!
In Treatment é um seriado dramático exibido pela HBO mais conhecido no Brasil como Em Terapia. O formato, o roteiro e a abertura foram baseados na série israelense Be´tipul.  A série narra as sessões do terapeuta Paul Weston interpretado por Gabriel Byrne (Os Suspeitos) com seus pacientes.  Em sua primeira temporada, a mais longa com 43 episódios, cada dia da semana era um paciente diferente, sendo a sexta-feira reservada para o encontro de Paul com sua terapeuta e antiga mentora Gina (Dianne Wiest).


Frances (Debra Winger)
Na terceira temporada que é composta de 28 episódios, o Dr. Paul Weston está morando no bairro do Brooklyn em Nova Iorque, depois da separação de sua esposa que ocorreu na primeira temporada.  Então sozinho, ele resolver retomar sua prática em uma nova localidade.  Dessa vez, o terapeuta tem três pacientes que serão desenvolvidos neste ano da série: Sunil, um indiano que vem aos Estados Unidos morar junto com o seu filho e nora, após a morte de sua esposa Kamala, demonstrando dificuldade em se adaptar ao estilo de vida ocidental e familiar a que imposto já que não gostaria de ter deixado o seu país; Frances, uma atriz que retoma a carreira no teatro, mas tem um difícil relação com sua filha adolescente Izzie e tem que lidar com a doença terminal da irmã Patricia; e Jesse, um jovem homossexual, que demonstra dificuldade em se relacionar com seus pais adotivos e passa por um complexa maneira de expor sua sexualidade.  No último episódio da semana, Paul Weston procura a psiquiatra Adele, inicialmente para obter a prescrição de medicamentos ansiolíticos, mas que eventualmente se dirige para sua própria sessão terapêutica.

Sunil
In Treatment é uma série onde toda a sua força reside na interpretação dos atores, em especial de Gabriel Byrne, que ganhou o Globo de Ouro por série dramática, e seu roteiro.  Como nas temporadas anteriores, o terapeuta vai aos poucos trabalhando os seus pacientes para que eles encontrem as respostas ou perguntas que devem ser feitas em relação as suas atitudes, decisões e comportamentos.  Uma série difícil de assistir para quem prefere um seriado mais movimentado, mas com certeza, uma das mais profundas dos últimos anos ao tentar mostrar a complexidade do ser humano e suas emoções e a maneira que reagem a ela.

Jesse
A abordagem mais interessante desta temporada com certeza é a da terapia de Paul Weston com a psiquiatra Adele.  Apesar de parecer um homem tranquilo e confiante em suas sessões, Paul é solitário, se separou de sua família, tem um relacionamento amoroso frio,e rompeu os laços que tinha com sua mentora Gina na última temporada.  Weston, na verdade quando está sendo analisado se mostra como uma pessoa impaciente, com uma grande decepção interior e solidão, o que leva quase sempre ao confronto com quem está dirigindo a sessão terapêutica. Antes, era Gina, e agora Adele que tem uma abordagem diferente de sua antiga mentora, o que conquista a confiança de Paul que continua as suas sessões com ela.  

Ainda nessa temporada Paul fica transtornado com a possibilidade de ter a Doença de Parkinson, a mesma que seu pai tinha quando faleceu na segunda temporada, pois começa a apresentar pequenos tremores nas mãos e julga ser um sintoma da mesma,e resolve procurar vários neurologistas que comprovem seu temor.  Isto mostra, que o médico ou terapeuta, é uma pessoa que nem nós com inseguranças e problemas, algo que às vezes fica difícil de ver na posição de paciente, pois você está lá a procura de socorro para sua enfermidade, então temos a tendência de por esses profissionais numa posição glorificada, o que está longe de ser a verdade.  Paul Weston resume bem esta questão ao ser uma pessoa com vários problemas pessoais  tendo a tendência de se envolver demais com os problemas de seus pacientes, deixando um pouco de lado a neutralidade necessária.

In Treatment desenvolve com a maestria de sempre os personagens Sunil, Frances e Jesse durante as consultas com o Dr. Weston.  E evidentemente, nem sempre os finais do tratamento são felizes ou atingem o que nós consideraríamos um final feliz para os personagens.  Afinal, as sessões de terapia são uma passagem na vida daquelas pessoas e a procura de entender seus próprios anseios e dificuldades.


Texto de Master Sidious - Blog Iniciativa Global

1 Comente Aqui! :

  • Anônimo disse...

    Adoro In Treatment da HBO! E realmente uma das grandes momentos dos seriado nesta temporada foram quando o Dr. Paul Weston tinha sua consulta com sua psquiatra. Cada episódio, a tensão entre os dois aumentava. Fantástico.

 
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