Crítica: Caminho da Liberdade (The Way Back)

Gosto muito deste tipo de narrativa, pois ela nos coloca diante de pessoas que batalham e se arriscam como loucos para sobreviverem em um situação melhor. Este tipo de atitude é algo muito inspirador para mim e serve para nunca desistir de alcançar meus sonhos. Gostei muito de um similar, A Estrada, que vi no ano passado, que se tratava de um história fictícia e gostei demais desse que tem em seu melhor momento o fato de saber que tudo mostrado em cena aconteceu e foi descrito no livro "The Long Walk: The True Story Of a Trek To Freedom", escrito por Slamovir Rawicz, pessoa que foi capturada e acusada de espionagem pela Russia e que para atingir a tão sonhada liberdade, precisou caminhar com um grupo de amigos cerca de 6.500 Km.

A idéia de transformar este livro, lançado em 1956, em roteiro, partiu de Keith R. Clarke e a ótima direção ficou por conta de Peter Weir (O Show de Truman, A Sociedade dos Poetas Mortos). Juntos eles entregam ao público um drama de superação na medida certa e capaz de emocionar e motivar a todos. A centro que rege a produção é a Polônia e o momento da história em que ela é invadida por Russos e Alemães. Neste cenário nada agradável, Janusz é um jovem que se vê acusado de espionagem pela própria esposa, que fora torturada para tal, e que é levado a realizar trabalhos forçados em um campo de concentração na Sibéria. 

Não pensem que dei alguma informação sigilosa ao dizer que o grupo de fugitivos caminharam praticamente 6.500 Km, pois infelizmente e cometendo grande erro, antes de começar a primeira cena, fizeram questão de estragar alguns pontos da história, dando essas informações no começo do filme. Mesmo com esse grande equívoco, quero deixar bem claro que estamos diante de uma grande produção e detalhista na medida certa. Bela fotografia, belas imagens e grandiosas atuações. O elenco encabeçado por Colin Farrel (Força Policial, Coração Louco), Ed Harris (Uma Mente Brilhante), Jim Sturgess (A Lenda dos Guardiões) e Saoirse Ronan (Um Olhar do Paraíso)  é espetacular e comove e emociona o público.

Me irrita saber que uma produção tão rica como essa, foi um fiasco de bilheteria nos EUA, pois só demonstra que o público perde o seu critério e apenas aposta em coisas fúteis e sem fundamento. Se imaginem no lugar de pessoas que andaram da Polônia até a Índia? Entender seus meios de sobrevivência, sua interação e amizade é fundamental para ver que ainda temos salvação. Eu indico para todos...

Nota: 9,0

Trailer do Filme: