Crítica: Smallville Nona Temporada

26 de abril de 2011 5 Comente Aqui!
Smallville é uma das séries de super-heróis mais duradouras da TV.  Apesar de absolutamente desrespeitar qualquer momento da cronologia do Superman e atualmente a ação se passar mais em Metropolis do que na cidade que dá título a série, ela se mantém forte na programação da CW, e com a mudança para um dia menos competitivo, faz parceria com Supernatural e assim ganhou a décima temporada, a última prometem os produtores que está em andamento nos EUA.

A nona temporada mostra Clark Kent como um vigilante em Metropolis chamado The Blur, e em treinamento com Zor-El, abandonando a personagem de Clark e seus amigos.  Isto tudo após os traumáticos eventos que levaram a morte de Jimmy Olsen na temporada passada e o fim da Liga da Justiça.



No primeiro episódio, Lois Lane volta do futuro portanto o anel da Legiao dos Super-Heróis e não se lembra das três semanas que passou desaparecida.  Também nesse episódio, Zod e seus soldados aparecem, contudo sem poderes, fato que eles não ainda compreenderam o motivo.  E Tess Mercer, CEO da Luthor Enterprises é prisioneira deles, mas com o tempo ganha a confiança de Zod e se livra do cárcere. 

John Corben surge como um novo repórter no Planeta Diário, que odeia The Blur culpando-o da morte da irmã por interferir na vida dos humanos.  Logo no segundo episódio, ele sofre um acidente e misteriosamente ele vira um homem cujo vida é mantida por um coração de Kriptonita.  Para o bom conhecedor de HQs, estamos falando de Metallo, apesar dele não ter este nome neste episódio.  Ele perde a luta para Clark, e perde seu coração de Kriptonita, que vai parar nas mãos perigosas de Tess Mercer. Num episódio mais próximo do final da temporada, Corben retorna para mais um episódio desenvolvendo seu personagem.

Clark Kent tenta se desconectar de sua vida com os humanos para ser mais eficiente como herói, mas sua atração crescente por Lois Lane o faz retornar ao Planeta Diário, mas ainda não tem coragem de se revelar a ela, mantendo seu contato como The Blur pelo telefone.

Oliver Queen é o outro bem vindo personagem regular de Smallville.  Achei o desenvolvimento deste personagem muito interessante nos últimos anos da série, crescendo de importância a cada ano.  No inicio desta temporada ele perde o sentido da vida, amargurado por não ter salvo Jimmy Olsen, mas felizmente no episódio chamado Roulette, Chloe arma um jogo, sem o conhecimento de Clark, para que Queen recupere a autoconfiança perdida.  Também neste importante episódio, Clark e Chloe descobrem que existem vários Kandorianos espalhados pelo mundo, através dos computadores da Watchtower, agora em pleno funcionamento já que o Arqueiro Verde está de volta.  No seu retorno, ele procura uma parceira para continuar sua luta contra o crime e encontra num ringue de lutas em um bairro perigoso de Metrópolis a futura Ricardita (Speedy).  Em outro bom episódio desta temporada eles enfrentam, com ajuda onipresente de Clark Kent, Vortigen, um antigo mestre de Queen, que tem conta a acertar com os heróis, que a cada episódio que passa, fica mais focado em seus objetivos, apesar de achar que tenderá para um lado mais negro de sua persona, mas certamente Speedy vai ajudá-lo a mantê-lo no bom caminho, como se fosse sua consciência.  Mas infelizmente, isto não é utilizado, pois a personagem raramente aparece na temporada, simplesmente desaparecendo.

Os Kandorianos espalhados pelo mundo e liberados por Zod, reaparecem e seu chefe é agora o CEO da RAO que irá construir em Metrópolis duas torres que usaram a captação solar exclusiva para se manter funcionante.  E isto ocorrerá com a ajuda da Luthorcorp de Tess Mercer, quer ela queira ou não, pois deste modo Zod acha que recuperará os poderes de seu grupo.

A história de um jovem Zod é explicada quando apareça na Terra a presença de um Jor El mais jovem, resultado de uma experiência conduzida em Krypton que seriam criados clones dos dois maiores heróis do planeta e que resurgiriam na Terra.  Ambos não se entendem, porque o Jor-El não quis fazer um clone do filho de Zod que morreu na destruição de Kandor.  Ambos tem a memória de momentos antes da destruição de Krypton, que foi quando foram criados.  Assim, Jor El não conhece o seu filho Kal El, pois nunca o tinha visto desta forma.  Zod apesar de capturado Jor-El, o solta para atrair Clark, quem ele julga poder explicar porque eles não tem poderes.  Neste bom episódio, Zod acaba matando Jor-El para chamar a atenção de Clark, não dando mais que alguns momentos para pai e filho conversarem.

Tess Mercer rapta Lois Lane e através de uma máquina que lê as memórias das pessoas se conecta a mesma, assim como faz Clark Kent com a ajuda da multitasking Chloe Sullivan e ambos veem o futuro, ou seja o tempo que Lois Lane passou no futuro e viu o mundo dominado e oprimido por Zod sob um sol vermelho.  Este futuro apocalípitico é o que o grupo do presente composto por Oliver Queen, Chloe e é claro Clark Kent devem tentar evitar.  Clark aborda finalmente Zod, que pede que seu exército se ajoelhe perante o filho de Jor-El, mas é da natureza do herói recusar este tipo de adoração, e recusa este tipo de adoração, mas não afasta os Kandorianos dele, mas a Zod avisa que Lois Lane, a quem ele deu um brinco com um símbolo kandoriano está fora dos limites.  Zod fica intrigado por Kal-El não reconhecer o símbolo no brinco, que tem conexões com a obtenção de seus superpoderes na Terra.

No episódio que introduz a JSA (Justice Society of America), que foi bastante alardeado nos Estados Unidos na época do lançmento vemos a vingança de Icicle, agente do Cheque Mate sobre o comando de Amanda Waller que usa o metahumano para matar membros da JSA, há anos sem atuar depois que tiveram as suas vidas destruídas.  É um episódio duplo interessante, mais por você poder ver a querida equipe revitalizada por Geoff Johns nos quadrinhos recentemente na TV, mas um pouco dececpcionante porque devido ao orçamento de uma série de TV, era melhor nunca ter visto Hawkman com aquelas asas falsas, de tão ridículo e mal feito que foi.  Entretanto o Doctor Fate e Sandman eram muito bem personificados.  Estes além de Starspangled Kid, que aqui tem o nome de Sideral, se não estou enganado, foram os únicos que apareceram no episódio.  Nada de Alan Scott, Jay Garryck, Michael Holt, Ted Grant, e outros membros que foram somente citados.  No mais serviu para Clark Kent ver que a JSA, ao visitar o quartel general do grupo era uma grande família, longe do que o grupo dele com Oliver Queen e os outros eventuais aliados se encontram agora na Watchtower.  Além de Dr Fate dar uma dica da imensa responsabilidade e importância que Clark terá no futuro da Terra e que Lex Luthor será o seu maior inimigo quando ele se mostrar ao mundo.  Nesse importante episódio da temporada também é revelado que Tess Mercer é uma agente do Cheque Mate e Ajax recupera seus poderes finalmente.

Para impedir que o futuro que Lois Lane presenciou em sua ida para o futuro, Clark resolve destruir a Torre de Rao, que estava sendo construída pela Luthor Corp de Tess Mercer e Zod.  Após isso, Clark passa a ajudar os Kandorianos a obter novas identidades e se integrar a vida na Terra, por mais que Zod deteste a idéia.  Quando uma kandoriana é raptada, e Clark e Zod interferem, este acaba levando um tiro e instintivamente Kent corta a mão com uma pedaço de Kriptonita e deixa seu sangue cair na ferida, salvando Zod da morte e lhe dando todos os poderes kriptonianos, apesar do vilão esconder este fato de Kal-El.

Zod então passa usufruir de todos os poderes de um kriptoniano na Terra e a única pessoa que descobre a verdade é Tess Mercer, e ambos passam a ter um "caso". Para o final da temporada, Zod usa seu sangue para converter os Kandorianos para usufruirem seus superpoderes na Terra, e isto ocorre na Fortaleza da Solidão, que um Clark Kent dopado de novo pela kriptonita vermelha faz o favor de apresentar ao vilão.

O Cheque Mate de Amanda Waller tenta raptar Watchtower (Chloe Sullivan) em um episódio onde ela a revela a Clark quando ambos se confrontam que ela sabe da existência de extraterrestres que estão se armando para uma batalha na Terra e quer fazer montar um grupo para combatê-los e para isso quer metahumanos como Impulso, Aquaman, Cyborg, e outros.  Watchtower foi identificado como o centro de contato entre todos eles, daí sua importância.  Após este episódio, que com a ajuda de Ajax que apagou a mente de Waller não ficou pior, Clark valorizará mais a presença de Chloe que ele vinha afastando nesta temporada para não pô-la em perigo.  Neste mesmo episódio "Checkmate", é revelado que existe outro jogador nos planos de Amanda Waller que depois se descobre ser o Rei Negro que não chega a ser muito relevante na trama.

Mais para o final da temporada, quando Zod e seus Kandorianos resolvem abraçar o seu potencial e começar o ataque a Terra com a inevitável resistência de Kal-El é que a série dá uma guinada.  Mas são muitos episódios perdidos com bobagens, a figura de Zod é bem melhor que a de Apocalypse na temporada anterior, inquestionavelmente.  A personagem de Tess Mercer é chatíssima e o plot do Checkmate é curioso porque Zod quando decide eliminar esta ameaça simplesmente destroi todas as bases e incinera Amanda Waller. E subitamente em seus episódios finais surge uma misteriosa Rainha Vermelha, que tem em posse o Livro de Rao, fundamental para o final da temporada, pois tem a capacidade de transportar kandorianos e kriuptonianos para outro planeta onde eles iram construir uma nova vida.  Finalmente no embate final entre Zod e Kal-El, temos uma luta inquestionavelmente inspirada em Matrix, afinal neste temporada o casaco de couro longo era obrigatório, quase toda em bullet time, mas muito bem realizada, e deixando uma boa ponta solta para a última temporada.

Neste ano se desenvolvem o relacionamento amoroso de Lois Lane e Clark Kent que tem altos e baixos por toda a temporada, alguns rendendo bons momentos cômicos e outros os piores episódios da temporada, e isto não é exagero (como o da Silver Banshee).  Contudo nas idas e vindas típicas do casal, Clark percebe que nunca será suficiente para Lois Lane,e o relacionamento dos dois sofre um abalalo durante um tempo e percebe-se ao assistir os episódios que eles estão desenvolvendo a dupla para ficar mais parecida com a que conhecemos no cinema e nos quadrinhos quando Lois e Clark não eram casados.

Com certeza esta na hora de terminar Smallville, a série apesar das interessantes propostas que fez este últimos dois anos com Apocalypse e Zod, nem se passa mais na cidade que lhe dá título.  Já deveria se chamar "Metropolis" há muitas temporadas.  Mas é uma série importante lançada em 2001, que nos rendeu nas primeiras temporadas um dos romances mais interessantes de se acompanhar na TV que era o de Lana e Clark, que tinham uma química em cena muito superior ao com Lois.  Além do convívio de Clark com seus pais, que sempre era bom de ver a cumplicidade e amor da família e da amizade de Lex Luthor que infelizmente foi se perdendo com o tempo. Não teve nenhuma temporada humilhante como alguns seriados tem, e espero que a décima e última temporada seja assim.  Smallville, de qualquer modo, sobreviveu seus críticos (são muitos) mas é a nossa série de super-herói da TV há quase dez anos, e isso já é um feito a ser comemorado.

5 Comente Aqui! :

  • KA disse...

    Percepções são muito pessoais, rs.
    Eu quase vomitava cada vez que Lana aparecia em cena. Achava o par com Clark algo enjoado, cansativo, destrutivo, eca..até parei de ver a série por um tempo, só voltando quando a mala da Lana deu área.
    Adoro o trabalho de Erica Durance, a melhor Lois de todas!
    E Super sem Lois não dá não...rs

  • renatocinema disse...

    Sou fã de quadrinhos, ainda leio. Mas, apesar das falhas em relação as obras dos gibis entendo que Smallville cumpre um belo papel. Apesar dos altos e baixos.

    A pior perda, em minha opinião, foi a saída de Lex Luthor. Essa ausência, que só volta na última temporada, foi um sacrilégio.

    Mas, gosto da série.

  • Master_Sidious disse...

    Smallville acho que só tem um consenso: Já devia ter terminado há algum tempo. O resto é a gente analisar o que gosta da série e o que o atraiu para assistí-la em primeiro lugar.

    Em 2001, quando estreou a série era algo novo, juntamente com 24 horas eram as novatas de grande sucesso daquele tempo. Smalville envelheceu, o casal Clark-Lana era interessante nas primeiras temporadas até ficar chatíssimo, Lois inicialmente, em minha opinião, era um paradoxo estar na série, foi conquistando o lugar deixando por Lana,e o melhor personagem da série que era Lex Luthor saiu e foi uma grande perda como disse Renato.

    Eu honestamente, assisto a série por causa de um transtorno chamado "guilty pleasure", que também tenho por colecionar até hoje X-Men e Homem-Aranha em quadrinhos. Não consigo parar de ler.

  • Anônimo disse...

    estou achando a nona temporada chata. eu preferia mais quando tinha uma certa "ingenuidade" nos personagens, quando os finais traziam uma mensagem positiva, mesmo que piegas.

    e nao entendi o episodio do icicle, pra que tantos herois pra destruir um cara que nem era tao forte assim. soh o clark bastava pra destruir esse cara.

    continuo assistindo por ser fa, mas acho que a serie se perdeu

    claudia

 
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