Crítica de Livro: O Símbolo Perdido

7 de abril de 2011 3 Comente Aqui!

Que Dan Brown é um escritor de primeira e sem dúvidas um dos maiores dos nossos tempos, todo mundo sabe. Desde o seu mais famoso título, o excelente O Código Da Vinci, e a história que o antecede - o ainda superior Anjos e Demônios, o polêmico literato norte-americano se firmou como um dos nomes mais comentados da atualidade, devido às sempre recheadas de polêmicas referências históricas, religiosas e científicas fortemente presentes em suas obras. Eis que em 2009, seis anos após a publicação do bem sucedido primeiro livro, o autor volta à cena com O Símbolo Perdido, e mais uma vez traz como protagonista o professor Robert Langdon, que dessa agora desvenda os mistérios que envolvem relações históricas entre a maçonaria e a sua presença na formação do Estado norte-americano.
           
Robert é levado até Washington e manipulado pelo antagonista, o misterioso Mal`akh, para que decifre pistas presentes na Pirâmide Maçônica que supostamente levam a um portal onde estaria guardado o segredo da divindade humana – um conhecimento capaz de tornar o homem divino. Além disso, Brown nos apresenta mais uma vez a antagônica relação entre ciência e espiritualidade, através de pesquisas científicas de um recente ramo da ciência, a Noética, que oferece a Apoteose ao homem, através do poder do seu pensamento. A história é, então, uma verdadeira ‘caça ao tesouro’, onde pistas históricas são a base para que se encontre o almejado Símbolo Perdido, que promete conceder ao seu possuidor poder divino.

O Livro é um bom passatempo e excelente fonte de cultura, conhecimento histórico e garante surpresas durante todo o seu desenrolar, no entanto, vale destacar que há uma certa repetição de fórmulas, em relação aos sucessos anteriores do autor. Mais uma vez, temos ciência, religião, polêmicas, mistérios e símbolos. O repeteco não torna o livro ruim – longe disso! - , no entanto, àqueles que já conhecem o estilo de Brown, já não parece mais tão inovador, tão inquietante e não consegue se prender tanto à trama quanto os anteriores. 

Em outras palavras, Dan Brown encontrou um caminho em sua literatura que o torna comercial o suficiente para que o repita de novo e de novo, até o público cansar. Confesso ter gostado do livro, o recomendo, mas fico um pouco desapontado com tão baixa inovação da parte de um autor que já provou ser tão criativo.

Nota: 7,5

3 Comente Aqui! :

  • Rafael W. disse...

    Achei o pior livro dele. Como você disse, é o velho estilo de escrita dele, só aqui tudo parece muito desinteressante, confuso, e o resultado é um livro enfadonho, e bem abaixo do que o escritor já havia apresentado antes.

    Mas adorei seu texto, parabéns!

    http://cinelupinha.blogspot.com/

  • Ragged_Robin disse...

    Um Dan Brown foi o suficiente para mim. No meio do Código da Vinci já descobri quem era o assassino, continuei até o fim só pra ver se estava certa. Mas ele é ótimo para descrever paisagens urbanas. Dá realmente a sensação de você entrar na Igreja Tal com Langdom à procura de pistas.

  • Vanessa Orgélio disse...

    Eu comecei a ler de tras pra frente! o Simbolo perdido foi o primeiro livro de Brown que li, e sinceramente AMEI! O livro é fantástico! Perfeito! O Vilão é interessantissimo, a ação, os simbolismos... amei de paixão! Pra mim é um livro fantástico!
    Logo após ler esse livro, resolvi ler Anjos e Demonios (Já tinha visto o filme, e pensei que não me surpreenderia mais com nada, me enganei, o livro é ainda mais fantástico) Amei também!
    E só agora estou lendo O Código Da Vinci e sinceramente não estou achando tudo isso que as pessoas falam, com certeza o simbolo perdido e o Anjos e demonios me prenderam muito mais na história do que o Código Da Vinci. Mas gosto é gosto...

 
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