Crítica: Comer Rezar Amar ( Eat Pray Love)

2 de outubro de 2010 1 Comente Aqui!

Seria muito simples para mim vir aqui e descer a madeira neste filme. Acredito que existem tipos de filmes que agradam a cada um e esse passa longe daquilo que me diverte. De toda forma estou aqui para falar de uma obra e para isso preciso deixar de lado a parte emocional, leiam aqui a chatice que achei da personagem principal e da feiúra das canela finas e brancas de Julia Roberts, e tentar abordar o que pode se esperar do filme.

Comer, Rezar, Amar é uma adaptação de um livro que fez extremo sucesso nos últimos anos e ganhou destaque no cenário de obras de experiências de vidas e auto ajuda. Escrito pela própria personagem principal, vemos a vida de uma mulher (Liz Gilbert) que é casada, bem sucedida e que aparenta estar feliz com este cenário. Certa noite ela descobriu que ao contrário de outras pessoas, sua essência de vida não era esta vida sem grandes novidades e que alguma atitude deveria ser tomada para que ele volte a encontrar seu equilíbrio pessoal e sua felicidade. Começando a mudar o rumo dos acontecimentos ela decide se divorciar e sair em uma viagem por um ano. Liz planejou uma viagem que lhe levaria a destinos como a Itália, a Índia e por fim em Bali.

Com essa premissa de trama partiremos para assistir exatamente tudo aquilo que o título já informa. Primeiro Liz vai comer... Depois Liz vai rezar e por último Liz vai amar. O título resume tudo da melhor forma possível todos os acontecimentos e já permite ao espectador saber o que está fazendo no cinema. Este é do tipo que agradará mais as mulheres, por se tratar da história de vida de uma mulher e pelos questionamentos que são muito comuns entre elas. Este talvez seja a grande virtude do filme, pois ele mostra uma pessoa que busca sua felicidade e se questiona sobre a vida e sobre as atitudes que já tomou na idade que alcançou. Esta situação é similar com muita gente e é o que posso dizer que consiste em um trabalho de auto ajuda .

O filme é dirigido por Ryan Murphy (Diretor e criador da série de sucesso Glee) e ele trabalha de forma muita boa, o cenário que é deslumbrante e possui lindas imagens, a fotografia que garante cenas muito interessantes e bonitas ao ponto do espectador querer no mesmo momento comprar uma passagem de avião e correr para a cena. A trilha sonora é um ponto muito forte do filme e enriquece demais as cenas, se encaixando perfeitamente naquilo que esta disposto na tela.

Julia Roberts teve uma atuação inconstante, por estar muito bem em algumas cenas e por passar muitas cenas com o mesmo semblante, chegando a se mostrar um pouco repetitiva demais ou até passando tempo demais naquilo que denominamos espaço de segurança. Javier Bardem foi muito bem em sua atuação, passando sentimentalismo no momento certo e as tensões de seu personagem. A direção se perdeu um pouco na abordagem de vida do personagem brasileiro que até mesmo quando fala com seu consciente fala em inglês e as vezes para falar com os outros fala em português, talvez tenha sido aquela sensação de que deveriam passar de alguma forma a nacionalidade dele e as cenas escolhidas não tenham sido as mais oportunas.

O filme é longo, apresenta bons momentos e pode até divertir a todos aqueles que sabem o que querem e estão dispostos a vivenciar. Eu não indicaria para pessoas impacientes ou para pessoas que gostam de ação... Volto a dizer, não é um filme chato e sim um filme mais lento do que o normal. Para mim, apesar de despertar a curiosidade em muitos sentidos, terminou sendo muitas vezes parado demais.

Nota: 6,0

Trailer do Filme:

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