Na época em que foi lançado O Pacto dos Lobos representou uma quebra de paradigmas em meu gosto para filmes e de uma forma surpreendente me mostrou que a indústria de cinema fora dos EUA pode produzir filmes de terror (suspense) bem interessantes. O grande trunfo do filme é justamente se propor a ser um filme de terror sem deixar de ser um filme francês, contando com atores, produção e direção francesa. Apresenta alguns atores que seriam mais reconhecidos posteriormente como Vicent Cassel um ator muito versátil e a belíssima Monica Bellucci. O filme ainda tem o artista marcial Mark Dacascos, mais conhecido pela série de TV O Corvo e o protagonista vivido pelo mediano Samuel Le Bihan.
A história do filme se passa em 1765, durante o reinado de Luís XV, uma misteriosa criatura traz pânico e terror em uma província rural da França. Chamada de a Besta de Gevaudan, ela atacava crianças e mulheres há meses e ninguém era capaz de prevenir suas ações, vê-la com nitidez ou sequer capturá-la. Desesperado em pôr um fim na situação, o rei decide então enviar ao local o renomado biólogo Gregóire de Fronsac (Samuel Le Bihan). Entretanto, Gregóire terá não apenas que lutar contra o monstro mas também contra a ignorância, a conspiração e a intolerância local, recebendo o apoio de duas mulheres, uma aristocrata (Emilie Dequenne) e uma prostituta (Monica Bellucci).
Os pontos positivos do filme são as cenas de ação bem trabalhados, efeitos especiais interessantes, locações muito bonitas e uma história bem intrigante e conectada. Em vez de se preocupar apenas com efeitos baratos o filme se prende mais na parte da história mesmo, nos brindando com um cinema de qualidade e ainda que o ator principal deixe a desejar o restante o elenco segura o rojão muito bem. Os figurinos também são muito bonitos e mesmo com uma fotografia apenas mediana o visual do filme é interessante.
O Pacto dos Lobos não é um filme sensacional e nem tem atuações e roteiros tão densos, mas é um filme de terror que foge dos clichês e entrega uma história diferente para os espectadores. O roteiro é muito bem amarrado e a edição ficou tão bem montada que faz com que o espectador queria ir até o fim da jornada e descobrir o que esta por trás deste mistério. O filme vale e muito pelas presenças de Cassel e Bellucci, além de ser uma produção francesa de muita qualidade, quem puder dê uma conferida que não vai se arrepender.
Nota: 8,5
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