Crítica: Intrigas de Estado (State of Play)

O filme Intrigas de Estado estava meio perdido aqui em casa e algumas vezes começava a ver e não ia até o final, mas ontem resolvi dar-lhe uma verdadeira chance. Dirigido pelo escocês Kevin MacDonald que fez entre outros o excelente O Último Rei da Escócia (2006) e o controverso Inimigo do meu Inimigo, o filme conta ainda com os talentosos Russel Crowe e Helen Mirren, além de Ben Affleck, a bela Rachel McAdams e um bom elenco de suporte com Jason Bateman, Jeff Daniels e Donald Bell.

A história começa quando uma pessoa é baleada num beco e a assistente de um congressista é assassinada em frente ao metrô. Estas duas mortes parecem estar desconectadas, sem uma ligação comum. Mas não para o impetuoso Cal McAffrey (Russell Crowe), repórter veterano que investiga uma rede de conspiração prestes a ser descoberta. Com um passado turbulento marcado pela sua relação de amizade com Stephen Collins (Ben Affleck), o congressista cuja assistente foi morta.

Cal começa a entrelaçar pistas que o levam a um esquema corporativo repleto de profissionais oportunistas, informantes e assassinos. Della Frye (Rachel McAdams) é a novata redatora que apóia McAffrey e o acompanha durante toda a investigação. Mas quando o jornalista chega perto da verdade, ele deve decidir se vale a pena pôr sua vida em risco e vender sua alma para conseguir uma bombástica história.

O longa é agradável de assistir e é dirigido de uma forma coesa e com um ritmo interessante, as histórias que envolvem o filme se conectam sem se perderem ou ficarem confusas. O ponto alto são os embates envolvendo Crowe e a sua redatora vivida por Mirren, talvez um ator mais capaz no lugar do mediano Affleck pudesse ter dado mais profundidade na película, mas ele não chega a prejudicar. É um trabalho muito interessante, não chega a ser surpreendente mas tem uma boa história que prende o espectador e não decepciona, os fãs de filmes de suspense, policial ou thrillers políticos devem conferir, os amantes de outros gêneros podem aproveitar que não vão se arrepender. 

Nota: 8,5


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