Crítica: A Ilha do Medo (Shutter Island)

21 de março de 2010 4 Comente Aqui!




Caros leitores, informo-lhes que está iniciado o Oscar 2011!

Claro que esta é uma brincadeira , mas depois deste filme, da reputação de Scorsese e da atuação de Leornado Di Caprio posso apostar umas fichinhas que algum destes nomes devem aparecer pelo menos com uma indicação. Vale lembrar também que a obra é uma adaptação do livro Paciente 67 de Dennis Lehane, o que pode apontar também a película como melhor roteiro adaptado. Talvez seja cedo e com o desenrolar do ano muita coisa boa apareça a ponto de ofuscar esta obra. Fato verídico é que este é o melhor filme que vi até o momento no ano de 2010. Entre Irmãos foi um filme que me chocou por cenas fortes e roteiro inovador, mas foi este filme que me marcou pela inteligência com que desenrola os fatos e a complexidade que a mente humana é apresentada. Atrelado a uma história sensacional, somemos as atuações e as cenas de tensão que lhe prendem sempre ao suspense proposto. Martin Scorsese acaba de apresentar pra mim algo que me remeteu ao celebre clássico "O Iluminado" e também a momentos de tensão vividos no filme Identidade, que estreou no ano de 2003. Uma coisa é certa Leonardo + Martin = Filmaço! Essa é a equação Hollywoodiana!

Vamos ao enredo: Leonardo Di Caprio interpreta um Agente Federal que vai até a Shutter Island para investigar sobre o desaparecimento de uma paciente do local. Ao chegar no local o agente federal se encaixa em diversos acontecimentos que pouco a pouco que vão lhe obrigando a permanecer na ilha. Preso então Leonardo Parte junto com seu parceiro, aqui representado por Mark Rufallo, em busca da solução deste mistério e em meio as descobertas e pistas encontradas, a história vai tomando um novo rumo a ponto das coisas fugirem totalmente de controle.

Perdão sobre o enredo mal explicado, mas inserir mais comentários a ele poderá entregar o mistério envolvido na ilha e que merece ser vivenciado a cada segundo, como se nada tivesse sido comentado sobre antes.

Nota: 10

Trailer do Filme:


Entender o final do filme não será para todo mundo. Tive que explicar a meu irmão menor tudo que o filme mostrava, mas mesmo assim ele ainda saiu duvidando um pouco das coisas que lhe disse. Pesquisamos na internet para corroborarmos com minhas idéias e achamos o mais perfeito comentário sobre o final.

No site Cinema em casa o escritor Pablo Villaça conseguiu ter o feeling de observar em cenas as comprovações que eu precisava para convencer o moleque.

SÓ LEIA AQUI DEPOIS DE CONFERIR O FILME! SE LER ANTES DISSO PERDERÁ TODA A GRAÇA ACOMPANHAR A OBRA!


"reparem, por exemplo, como logo de início Kingsley descreve o estado mental da desaparecida Rachel Solondo como girando em torno de uma ficção complexa e elaborada para que ela possa justificar para si mesma sua presença no hospício (o que, claro, acaba se revelando exatamente o caso de outro personagem). E percebam, também, como já em suas primeiras cenas DiCaprio revela não saber o que ocorreu com seu isqueiro, o que o obriga a carregar ostensivamente fósforos (arma de um incendiário) durante toda a projeção – um sinal de sua confusão mental tão revelador quanto o instante em que uma outra paciente pede água e percebemos várias marcas de copos sobre a mesa à sua frente antes mesmo que ela ponha o copo ali. Além disso, não é à toa que os guardas da ilha parecem sempre tensos diante de Teddy, mesmo quando ele “chega” à ilha pela primeira vez – e é curioso notar como todos parecem despreocupados e não exibem qualquer esforço para procurar Rachel, já que, claro, sabem que isso seria inútil. Finalmente, é preciso admirar detalhes como a dificuldade de Chuck em carregar sua arma (algo denunciado pela maneira atrapalhada com que a entrega ao supervisor da segurança), já que, na realidade, não tinha o menor hábito de portá-la."

4 Comente Aqui! :

  • thicarvalho disse...

    Parabéns pelo texto, tb admirei o trabalho feito por scorsese e Di Caprio. E o filme consegue confundir tanto o espectador, que tive uma visão diferente da apresentada no texto acima. Na minha interpretação, o personagem de Di Caprio não era "maluco". Fiquei com a ligeira impressão que o personagem de Kingsley tenta, desde o início, fazer com q Teddy se sinta alterado psicologicamente, semelhante ao caso da personagem Rachel Solondo. Fiquei com esta impressão,na verdade, graças a cena final, quando o personagem diz a celebre frase "Melhor morrer honesto, do que viver como um monstro". Esta frase mostra bem a consciência do personagem. Outro ponto que me intrigou, foi o fato de todos afirmarem categoricamente que não existia qualquer tipo de lobotomia e/ou lavagem cerebral, como o personagem de Di Caprio insinuava. Se não existia, pq Teddy no final é levado para torre como se tivesse caminhando para o corredor da morte. Estas e outros fatos fizeram eu ter uma interpretação diferente. Grande abraço e parabéns pelo blog.

    Visitem: www.cinemaniac2008.blogspot.com

  • Tiago Britto disse...

    Talvez essa seja a magia do filme! continuaremos defendendo nossos pontos! e o final será sempre um ponto a se pensar..lembra que eu falei que me lembra O ILUMINADO? voce entendeu o final deste também?

    são filmes assim que entram pra história! abraços

  • Kall disse...

    Caramba, vi o video aí do you tube e me pareceu bem interessante o filme. Se for no nivel dos outros filmes do Scorcesse, ja estarei no lucro. Parabens pelo post.

 
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